28 novembro 2006

Debate no Porto Com Personalidades

Encontrámos esta notícia, escrita por João Carlos Malta, no Correio da Manhã.

"«Ser mãe é tão mais lindo do que fazer um aborto. A maior felicidade que tenho são os meus filhos», disse Ruy de Carvalho no debate realizado no centro de dia da Paróquia de Paranhos, em que estiveram também presentes o ex-vereador da Câmara do Porto, Paulo Morais, e Alexandra Teté, presidente da Associação Mulheres em Acção.


Houve quem apelasse à abstenção, como Paulo Morais, para quem o povo já se «pronunciou uma vez e, portanto, começa a passar a ideia de que haverá tantos referentes quantos os necessários para aprovar o que os políticos querem». Para Morais não devia haver lei sobre a matéria e o Estado não devia promover o aborto no Sistema Nacional de Saúde.

Mãe de oito filhos, Alexandra Teté diz ser conhecedora do que são as dificuldades da maternidade, mas mesmo assim é pela vida. «Irrita-me que se diga que em Portugal não há dinheiro para nada, mas para o aborto já há», disse, acrescentando «que se levantou a ideia de que as mulheres são presas por causa do aborto, mas não conheço ninguém que tenha sido».

Já o médico e professor universitário Daniel Serrão põe a tónica do combate ao aborto na prevenção, para que as mulheres não sejam obrigadas a fazê-lo. Acrescentou que a sociedade deve encontrar formas de proteger as mulheres carenciadas. «Não é o aborto que resolve muitas das situações precárias em que a mulher se encontra porque depois do aborto pode continuar a ser violada e maltratada», disse.

Serrão disse que a pergunta aprovada pelo Tribunal Constitucional não é clara porque «pergunta uma coisa e esconde outra, pondo o acento no tema da prisão».


No final do debate foi feita uma apresentação em que um feto de semanas «escrevia» uma carta à mãe, que ia abortar, dizendo que não queria morrer e que gostava muito dela."

26 novembro 2006

Madre Teresa de Calcutá disse... 7



"Se todo o dinheiro que se gasta para matar fosse gasto em fazer que as pessoas vivessem, todos os seres humanos vivos e os que vêm ao mundo viveriam muito bem e felizes!"


24 novembro 2006

Macacos e Bebés

Descobrimos, no site A Aldeia, num artigo sobre experiências com bebés abortados, este caso específico:

"Um legislador australiano perguntou a um investigador em genética porque se usavam em experiências fetos humanos em vez de macacos. O investigador respondeu que os macacos eram preciosos visto haver muito menos macacos disponíveis [para experiências] do que bebés. (Cf. Mark Kahabka. «Eugenics Revisited.» Fidelity Magazine, July/ August 1988, page 13.)"

Onde é que vamos parar?

"Nada do Outro Mundo" - Entrevista 2

Esta é a segunda parte da entrevista, que já começou a ser publicada no dia 18 de Novembro, aqui.

"NM - Como é que começou a fazer abortos?

Sra X - Foi mais ou menos na altura em que se começou a falar de sida. Havia necessidade de haver alguém em quem houvesse confiança do ponto de vista da esterilidade do material e de certificar que quem fosse fazer uma interrupção da gravidez não saísse de lá com uma doença devido à falta de assépsia.

NM - Essa necessidade de que fala foi de quem?

Sra X - De certos médicos, que queriam ter alguém de confiança a quem enviar as pessoas.

NM - E porque é que esses médicos não fazem eles próprios os abortos?

Sra X - É uma pergunta que nunca lhes fiz a eles... Penso que seja por uma questão de ética.

NM - De ética não será, já que eles lhe pediram que o fizesse...

Sra X - Pois, será talvez de conveniência...

NM - Quanto leva de fazer um aborto?

Sra X - Depende. Sessenta, setenta [contos = 300/350 euros]... Acho que é o preço justo. Mas às vezes não levo nada. Porque são colegas, porque são médicas... Ou quando é uma pessoa que eu vejo que não tem possibilidades. Mas a maior parte das pessoas que vem cá pode pagar. Aliás, as pessoas que vão a estes médicos são de posses. Há um deles que só trabalha com a classe alta.

NM - Uma das coisas que se diz é que a legalização, a existir, virá dar cabo do negócio das pessoas que fazem abortos. Não pensa nisso?

Sra X - Não, não sinto esse problema. Eu não vivo disto. Aliás, eu tenho um consultório que não tem nada a ver com isto. Como já lhe disse, nunca me passou pela cabeça fazer isto e se o faço foi porque os médicos me começaram a pedir e eu entendi que eles tinham razão. Veja lá que até para comprar o material de aspiração, tive de usar o nome de um ginecologista, doutra forma não mo venderiam...

NM - E o resto do material, como é que é?

Sra X - Olhe, o material de esterilização, não há problemas, uso o do hospital. As sondas, que são de usar e deitar fora, vêm através de um laboratório, mas em nome dos médicos.

NM - Que métodos usa?

Sra X- Uso só o método de aspiração. Nunca usei raspagem. Porque eu faço abortos só até às oito semanas...

NM - Porquê?

Sra X - Primeiro, para não correr riscos. E depois porque acho que até às oito semanas uma pessoa tem tempo suficiente para se decidir. E depois penso que me faria um bocado de impressão moral fazer uma coisa já maior. Porque assim é uma bolsa embrionária, são células embrionárias, aquilo sai tudo fragmentado, é como se fosse gelatina. Faz de conta que é um pudim de gelatina, que a gente aspira e pronto.... não faz impressão nenhuma. A sonda de aspiração tem meio centímetro, portanto já vê, para ser aspirado por uma sonda de meio centímetro tem de ser tudo muito frágil, para conseguir sair. Eu no bloco operatório vejo coisas muito mais graves... E portanto decidi que era só até às oito semanas e os médicos que me mandam as pessoas já sabem que mais que isso não.

NM - Posso saber com quantos médicos trabalha?

Sra X - Olhe, alguns nem os conheço, porque eles falam uns para os outros. Mas uns quatro ou cinco. Repare, eu não faço muitas coisas destas por mês. Não. Posso ter meses de fazer uns quatro, cinco, seis, depende... Mas nunca mais de oito ou dez. Nunca mais que isso. Porque eu quero fazer com segurança e não quero abrir a minha casa a qualquer pessoa.

NM - Que tipo de pessoas, que estrato sócio-económico, é que lhe aparecem?

Sra X - São pessoas da classe média alta, e bastante alta. Muitas jovens, miúdas com catorze, quinze , dezasseis...

NM - E qual foi a idade mais baixa que já lhe apareceu?

Sra X - Catorze.

NM - Elas vêm cá com as mães, com os namorados?

Sra X - Com as mães e com os pais. Com os namorados é raro, só as raparigas mais velhas. Essas miúdas muito jovens nunca vêm com os namorados.

NM - Tem mais pessoas de que idade? Qual é a média?

Sra X - Trintas e tais.

NM - E as circunstâncias, chega a perceber?

Sra X - Sim, sim. Porque eu converso bastante com as pessoas, para ver se as pessoas sabem o que querem. Porque isto é uma coisa que deve ser feita de livre vontade. Eu explico muito bem muito bem o que se vai passar, até porque a pessoa entendendo colabora muito melhor. Quanto às circunstâncias, penso que muitas vezes são inconsequências. As pessoas nunca pensam que aquilo lhes vai acontecer. E acontecem às vezes com brincadeiras. Olhe que eu já encontrei uma miúda grávida que estava virgem.

NM - Como?

Sra X - Deve ter havido uma brincadeira com o namorado e sem penetração, aconteceu. A miúda tinha dezoito anos, era maior, uma miúda inteligente, muito consciente... Mas a mãe tinha uma atitude muito agressiva em relação a ela. A miúda dizia que era impossível estar grávida, que nunca tinha tido uma relação normal... Mas foi ao médico, fez uma ecografia e estava de facto grávida de seis ou sete semanas. A mãe não queria acreditar que ela nunca tivesse tido uma relação, mas de facto depois quando fui observá-la disse-lhe — porque eu não sabia dessa história toda — então, tu nunca tiveste uma relação, pois não? E ela: não, nunca tive. Está a ver o meu drama? Tive de fazer tudo com o maior dos cuidados para não desvirginar a moça. E ficou intacta, felizmente. Coitada da miúda."

23 novembro 2006

Somebody Needs To... Now!



22 novembro 2006

Reflexões de Mary Anne d'Avillez

Encontrámos este artigo de Mary Anne d'Avillez, no site da Agência Ecclesia.

«
Quando um homem rouba para matar a fome podemos concluir com segurança que se passa algo de errado na sociedade – portanto, quando uma mulher destrói a vida do seu filho por nascer torna-se evidente que ou por força da sua educação ou das circunstâncias, ela foi gravemente injustiçada.» Mattie Brinkerhoff, The Revolution, 4 (9): 138-9, 2 de Setembro 1869.

Estou cada vez mais convencida de que é inútil debater a questão do aborto sem o colocar num contexto social e histórico. Temos uma memória curta, vivemos no momento actual e temos dificuldade em recordar o que se passou há uma ou duas décadas, mas se não conhecemos o nosso passado temos grandes problemas em compreender o presente e em planear o futuro.

O aborto é praticado há séculos – não havia qualquer método de «regulação dos nascimentos» minimamente eficaz. Existia uma grande hipocrisia em relação à mulher e à sexualidade em geral. A mulher era «propriedade» do homem, existia para ter filhos. Se não seguisse padrões de comportamento rígidos era abandonada e caía rapidamente na miséria e na pobreza.

Em 1967, em Inglaterra, num contexto de reformas sociais e de saúde pública, foi aprovada uma lei permitindo o aborto desde que recomendado por dois médicos e praticado para prevenir o risco de vida ou de danos físicos ou de saúde mental para a grávida ou em caso de deficiência grave do feto, até ás 24 semanas.

Só há relativamente pouco tempo se veio a conhecer «o mundo do feto» e ficamos maravilhados quando assistimos a uma ecografia e vimos um bebé milimétrico, mas perfeito ou, mais tarde, a interagir com o que se passa à sua volta no “mundo” exterior ao útero da sua mãe.

Qual é a ligação entre estes pontos? Hoje, a emancipação da mulher e a disponibilidade de informação e acesso a métodos de planeamento familiar levam a uma situação social onde é possível ultrapassar dificuldades sem recorrer ao aborto. Em Inglaterra, na semana passada, foi proposto no Parlamento reduzir o prazo em que o aborto é permitido para as 21 semanas. Não teve votos suficientes mas indica uma mudança de mentalidade. O feto já não é anónimo.


Liberalizar a lei do aborto não é «moderno» nem «progressivo», é andar para trás.


No entanto, quando lemos artigos de opinião de militantes «pró-escolha» notamos que a linguagem mudou. O aborto legalizado já não é visto como a solução para um problema de saúde pública. Agora é um «direito» da mulher que lhe garante uma total autonomia sobre o «seu corpo». Interferir com a liberdade de escolha da mulher é invadir o seu espaço privado. Nenhuma mulher deve ser «obrigada» a ter um filho que não quer. Se, antigamente, a mulher não contava para nada agora é só o feto que não tem valor.

Em 1873, Elizabeth Cady Stanton, uma feminista de vanguarda americana, escreveu a Julie Ward Howe: «Quando consideramos que as mulheres são tratadas como sendo propriedade de um terceiro, é degradante, para nós mulheres, tratar os nossos filhos como uma propriedade da qual poderemos dispor conforme a nossa vontade.» (Diário de Julie Ward Howe, Biblioteca da Universidade de Harvard). Infelizmente o feminismo moderno mais radical separa a mulher do homem e separa a mulher do seu filho. Um artigo publicado pelo Pro Choice Forum recentemente, refere que «…(futuramente) um juiz poderá decidir que o Decreto sobre os Direitos Humanos de 1998 abrange o feto. Se isso acontecer poderá ter graves implicações para a autonomia da mulher e para a lei do aborto no Reino Unido.». (...)

Num debate sobre o aborto, quando falei sobre a necessidade de oferecer apoio à mulher confrontada com uma gravidez problemática, a resposta foi que era necessário facilitar o aborto porque não se podia ajudar todas. Vivemos numa sociedade em que o filho se tornou um objecto: se não é desejado destrói-se, por outro lado procuram-se meios cada vez mais extremos para o conseguir quando não é possível concebê-lo naturalmente.


Em que sociedade queremos viver? É ingénuo acreditar no que ouço dizer tantas vezes: «eu não concordo com o aborto, mas não tenho o direito de proibir quem o quer fazer» ou «despenalizar não é liberalizar». Procura-se cuidadosamente uma linguagem hermética em que os termos são sinónimos mascarando a realidade, por exemplo quando o aborto passa a «interrupção voluntária da gravidez». Transmite-se a mensagem de que não interessa defender o mais fraco, desumaniza-se o bebé, evita-se oferecer apoio à mulher que se confronta com um dilema tão pesado e esquece-se o ripple effect, de que quando se atira uma pedra para um charco o efeito espalha-se até às bordas. O aborto afecta-nos a todos; todos estamos implicados."

19 novembro 2006

200 Pessoas Pelo "Não"

Encontrámos, no Correio da Manhã, um artigo de Carla Mendes Ferreira sobre uma plataforma que reúne 200 pessoas pelo "não" ao aborto.

"O lançamento oficial da Plataforma está previsto para o final do mês. Por agora, está a constituir-se e a congregar apoiantes que consideram que «esta liberalização é perniciosa». «A partidária, não confessional e muito abrangente, que nasce da sociedade civil», assim se declara a Plataforma, que reúne grupos de cidadãos, movimentos e associações de todos os quadrantes da sociedade civil. A campanha, da autoria da empresa Partners, bem conhecida por outras campanhas publicitárias, promete ser «moderna, moderada, inovadora e profissional».


Na lista de apoiantes constam nomes de diversos quadrantes políticos e diversos sectores da sociedade.

Teresa Venda, deputada do PS, Luís Nobre Guedes, ex-ministro do CDS, e Maria José Nogueira Pinto, vereadora do CDS na Câmara Municipal de Lisboa, são alguns dos políticos que subscrevem a campanha. Mas a lista reúne outras personalidades, como Margarida Neto, Isabel Neto, João Paulo Malta, médicos, João César das Neves, economista, Sandra Anastácio e Isilda Pegado, entre outros. Marcelo Rebelo de Sousa foi indicado pelo semanário ‘Sol’ como pertencente à lista. Contudo, Inês Teotónio Pereira, da Plataforma, já veio desmentir que a personalidade tenha sido convidada.

Ainda esta semana, a Plataforma apresentou um estudo do Eurostat, relativamente ao número de abortos desde a legalização. A Suécia é o país que apresenta um maior crescimento com uma taxa de 1134 por cento. Em segundo lugar está o Reino Unido, com 732 por cento de aumento, seguido da Espanha, com 376 por cento, Grécia, com 201 por cento, e Bélgica, com 51 por cento. Em último lugar da lista consta a Holanda, que apresenta uma taxa de crescimento de apenas 36 por cento.

Cavaco Silva, Presidente da República, ainda não marcou a data oficial do referendo. Esta semana, em entrevista a um canal televisivo, o Presidente afirmou que vai iniciar um «período de reflexão». (...)

Motivos do Não

- LIBERALIZAÇÃO

«Permite abortar sem que sejam evocados os motivos de excepção já previstos na lei, nomeadamente em última análise abortar para escolher o sexo do bebé.»

- 'NEGÓCIO MILIONÁRIO'

«Permite legalizar um negócio milionário das clínicas de aborto, através do Orçamento do Estado e da transferência de dinheiro do Sistema Nacional de Saúde.»

- AUMENTO DE IVG

«Vai aumentar exponencialmente o número de abortos, como aconteceu noutros países da Europa, e consequentemente vai também aumentar o número de mulheres com dramáticos problemas psíquicos.»

- EXISTÊNCIA DE VIDA

«O conjunto de personalidades acredita que 'antes das dez semanas existe um bebé formado no ventre da sua mãe que sorri, e que esta lei viria permitir que seja subtraída legalmente uma vida humana por outro ser humano'.»"

18 novembro 2006

"Nada do Outro Mundo" - Entrevista 1

Encontrámos esta entrevista no blog Glória Fácil, que foi feita por uma jornalista, na altura do referendo de 1998, a uma senhora que fazia abortos em casa. Uma vez que é muito grande, dividimo-la em várias partes, que serão publicadas posteriormente.

"Chamam-lhes parteiras, abortadeiras, desmanchadeiras. Ou fazedoras de anjos, bruxas de vão de escada. Na eterna discussão dos direitos e das liberdades, dos deveres e dos castigos, das vítimas e dos pecados, estiveram sempre do lado de lá, onde nenhuma redenção é possível.

Se os partidários do NÃO as acusam de massacre dos inocentes e lhes reservam os fogos de todos os infernos, os do SIM culpam-nas da morte e da humilhação das mulheres e prometem fechar-lhes o negócio.

Nesta história de o aborto ser crime ou não, o lucro é a única coisa que parece não ter perdão. Mesmo quando se sabe que também aqui, como de costume, a oferta não fez mais que responder à procura. Se quiser juntar às ideias qualquer coisa da realidade, LEIA como, porquê, por quanto, e por quem.


Pode ser Ana. Ou Maria, ou Teresa, ou Joana. Um nome bem português, um rosto suave nos cinquenta anos, uma casa a condizer, clara, aprumada, confortável, cara. Bem na vida, não é assim que se diz?

Trinta anos de enfermagem, muitos hospitais, muitas doenças e muitas curas, muitos nascimentos, muitos sofrimentos, muitas mortes. Os olhos claros viram isso tudo, a luz crua nos corpos, por dentro e por fora. Como é que se vive nisso, disso e depois disso? Diz-se que a partir de um certo limite já não se sente, que a dureza passa de necessidade a condição, mas quem é que sabe? Como é que se mede?

Ela tenta explicar, mas seria preciso estar do lado de lá para perceber. Como para tudo, parece. E isto de fazer abortos não será excepção, antes pelo contrário. É até como se nos dividíssemos assim, de um lado as que fizeram e do outro as (e os) que nunca lá passaram. E mais longe, à distância, quem os opera, quem os provoca, quem os manipula. Uma classe à parte, necessária, providencial, redentora, nunca redimida. É como se o dinheiro que passa aqui de mãos transportasse um anátema, transferisse de uma vez a culpa, a vergonha e o segredo. Para quem os sente, claro. Porque é possível, por mais que doa aos apologistas da vitimização, que se aborte sem olhar para trás. Acontece. Acontece não haver culpa. Acontece decidir e esquecer.


E acontece haver muitos sítios diferentes onde se ir, muitos lugares diferentes para abortar, muitas formas, muito níveis, muitos preços. Este, esta mulher, é apenas um deles. Em Lisboa. Caro, para quem pode dar-se ao luxo de ter direitos. Para quem pode escolher, seja a lei o que for, diga o referendo o que disser."

O Que Lhe Estarão a Perguntar

Encontrámos este texto num panfleto do Juntos Pela Vida, criado para o Referendo de 28 de Junho de 1998.

"No dia 28 de Junho, quando lhe perguntaram se concorda com o alargamente da IVG (Interrupção Voluntária da Gravidez) a outras condições (que ao as de violação, má formação do feto ou risco de vida da mãe), o que lhe estarão realmente a perguntar é o seguinte:

- Se quer viver numa sociedade que não permite aos seus filhos com menos condições económicas ou afectivas para nascer, o direito de nascer,

- Se quer viver numa sociedade que se demite do seu dever de apoiar as mulheres e mães, e opta, por comodidade, por incentivá-las a tomar a decisão mais temível e com mais riscos de todas.

Se, como nós, acredita numa sociedade solidária que não se demite dos seus deveres, nem para com as mães, VOTE NÃO."

"Abortion is Wrong" - Pro-Life Commercial



17 novembro 2006

Conferência Episcopal e o Aborto

Descobrimos esta notícia, no Açores.Net.

"A assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que ontem se concluiu em Fátima, reiterou a o
posição dos Bispos católicos do país à legalização do aborto.

O comunicado final desta reunião magna manifesta o desejo de que se abra um «período de profundo esclarecimento das consciências». «Aos que se inclinam para votar sim», a CEP convida a confrontarem a sua opção «à luz do dom e da responsabilidade da vida humana». Aos que irão votar «não», os Bispos pedem que «marquem presença num momento tão decisivo» como o próximo referendo.

Já no discurso de abertura dos trabalhos, o presidente da CEP, D. Jorge Ortiga, lembrava que «a Igreja foi e será sempre ‘profeta’ da vida oferecendo, em permanência, razões para a defender», deixando críticas aos sinais de uma «cultura de morte» na nossa sociedade, nos quais incluiu o aborto, o tráfico de seres humanos, a exploração sexual de crianças e adolescentes, a eutanásia, o racismo e a xenofobia, a violência gratuita e as desigualdades económicas, culturais, sociais e tecnológicas.

«É com palavras claras que exprimimos a nossa posição, mesmo que nos situem no espaço dos retrógrados em confronto com outros países: somos inequivocamente pela vida desde a concepção até à morte», apontou então.

Ao Governo ficava o alerta de não poder «liberalizar ou descriminalizar o que, por sua natureza, é crime». «Nenhuma lei positiva pode transformar em não-mau ou em bom o que é mau em si mesmo», indicou.

«O facto de existir uma lei não quer dizer que o que está nessa lei seja moralmente bom», explicou o presidente da CEP, no final dos trabalhos, há momentos, desmentindo que tenha querido dizer que o Estado «não pode legislar» sobre esta matéria. Nesse sentido, lamentou algumas «interpretações truncadas» do seu discurso inicial.

«Aceitamos a separação (Igreja-Estado), mas não a ignorância. No meio desta laicidade, temos de nos impor pela diferença», explicou.

Para D. Jorge Ortiga, a Igreja tem obrigação de ouvir o mundo actual e interpelar a cultura dos nossos dias, «por vezes com alguma ousadia e até, quem sabe, alguma coragem».

«A missão da Igreja é uma missão em favor da vida, na sua globalidade», apontou o Arcebispo de Braga.

O presidente da CEP nega que a Igreja faça «campanha» contra alguém, mas considera dever dos católicos «apelar ao esclarecimento das pessoas».

«A hierarquia continuará, dentro da sua missão, a pregar e deixaremos que os leigos procurem agir dentro de uma campanha serena», assegura.

16 novembro 2006

Aureliano Dias Gonçalves disse... 1

"Admitir excepções ao princípio do respeito pela vida, é abrir a porta a todos os abusos.", em Mãe, Quero Viver!.

Pergunta Aprovada

Descobrimos este artigo acerca da aprovação da pergunta do referendo, pelo Tribunal Constitucional, no Jornal Digital.

"A questão passou com sete votos a favor e seis contra, curiosamente o mesmo resultado da votação alcançada no quadro do anterior referendo, realizado em 1998 e cuja pergunta foi também a mesma.

O grupo de juízes encarregue desta avaliação era composto por seis magistrados indicados pelo Partido Socialista (PS), seis pelo Partido Social Democrata (PSD) e um juiz independente.

O acórdão emitido será enviado ao Presidente da República (PR) na próxima sexta-feira e publicado em Diário República três dias depois. A decisão abre agora caminho às etapas seguintes, que deverão conduzir à realização da consulta pública.

Cabe a Cavaco Silva aprovar o referendo, dispondo de 20 dias para o fazer. A consulta terá de ser agendada para o período compreendido entre os 40 a 180 dias depois da aprovação pelo PR, podendo acontecer no primeiro trimestre de 2007.

Recorde-se ainda que o primeiro-ministro, José Sócrates, já afirmou que a aprovação do diploma de despenalização do aborto está dependente deste referendo. A lei penal só será alterar caso o «sim» vença e o referendo seja vinculativo, declarou Sócrates no congresso socialista deste fim de semana."

15 novembro 2006

Madre Teresa de Calcutá disse... 6

"Um país que permite o aborto é um país muito pobre, porque tem medo de uma criança, e esse medo é sempre uma grande pobreza!"

"Tocarás Tu à Campainha?"

Encontrámos este texto interessantíssimo, de Afonso Reis Cabral, no blog Janelar. É longo, mas vale a pena ser lido!

Estamos com problemas em fazer a ligação do blog, fica aqui o seu endereço: http://janelar.blogspot.com

«No fundo da China existe um Mandarim mais rico que todos os reis de que a Fábula ou História contam. Dele nada conheces, nem o nome, nem o semblante, nem a seda de que se veste. Para que tu herdes os seus cabedais infindáveis, basta que toques essa campainha, posta a teu lado, sobre um livro. Ele soltará apenas um suspiro, nesses confins da Mongólia. Será então um cadáver: e tu verás a teus pés mais ouro do que pode sonhar a ambição dum avaro. Tu, que me lês e és homem mortal, tocarás tu a campainha?»

Teodoro somos todos nós e há um momento em que nos é dada a possibilidade de tocar à campainha.

O Mandarim lá no fundo da china, por não se ver, conhecer, sentir ou ouvir, não deixa de ser um ser humano que vive. É este o grande problema moral em O MANDARIM de Eça de Queiroz.

Aqui se pode construir um paralelo íntimo e real com o aborto.


O semblante da criança que cresce no útero da mãe não se conhece, a sua vida não se sente e o seu nome ainda não foi dado. O Mandarim é uma entidade vaga aos olhos de Teodoro, nunca o conheceu e para que todos os problemas que lhe afloram o quotidiano acabem basta que ele toque a campainha.


O bebé, à semelhança do Mandarim, soltará apenas um suspiro inaudível sem nada poder fazer. Ti-li-tim…!


Teodoro duvidava até da existência do Mandarim porque nunca o tinha visto, nunca ninguém lhe provara com factos palpáveis e universais que aquele velho vivia, nunca ninguém lhe mostrara o papagaio que o velho senhor bramia no momento em que tocaram à campainha.


«E agora note: é só agarrar a campainha e fazer ti-li-tim. Eu não sou nenhum bárbaro: compreendo a repugnância dum gentleman em assassinar um contemporâneo: o espirrar do sangue suja vergonhosamente os punhos, e é repulsivo o agonizar dum corpo humano. Mas aqui nenhum desses espectáculos torpes…»


Este indivíduo corpulento, todo vestido de preto, de chapéu alto, com as duas mãos calçadas de luvas negras gravemente apoiadas ao cabo dum guarda-chuva é o Estado que propõe a Teodoro a possibilidade efectiva de tocar à campainha desde que até às dez semanas.


Teodoro disse sim.


Ah! Então todos os seus problemas pareciam ter acabado! «Então não hesitei. E, de mão firme, repeniquei a campainha.»


Sofreu, morreu realmente, se é que era vivo?


«-Pobre Ti-Chin-Fú…!


- Morreu?


- Estava no seu jardim, sossegado, armando, para o lançar ao ar, um papagaio de papel (…). Agora jaz à beira dum arroio cantante, todo vestido de seda amarela, morto, de pança ao ar, na relva verde.»


Esta é a forma mais fácil de acabar aparentemente com todos os problemas, e agora o Mandarim jaz irremediavelmente morto.


Teodoro entrega-se a tempos de deleite, mas pouco tempo depois os remorsos chegam na forma de um terrível fantasma segurando um papagaio de papel. Tudo faz para tentar remediar o que sente, enveredando até numa viagem à China para conhecer a família do velho senhor morto. Tudo em vão. Tenta recorrer ao indivíduo de chapéu alto, mas estava inalteravelmente só e abandonado.


Teodoro não precisou de castigo, nunca foi preso, ninguém nunca o repudiou mas mesmo assim na consciência o peso de uma vida que nunca conheceu dilacera a sua existência. O pior castigo foi o remorso avassalador, corroendo-lhe o peito.


Se nunca tivesse tido a opção de tocar a campainha nunca o teria feito e hoje, algures entre nós, viveria ainda o Mandarim.


O fantasma nunca o abandonou e foi assim que concluiu o relato do seu infortúnio:


«E todavia, ao expirar, consola-me prodigiosamente esta ideia: que do Norte a Sul e do Oeste a Leste, desde a Grande Muralha da Tartaria até às ondas do Mar Amarelo, em todo o vasto Império da China, nenhum Mandarim ficaria vivo se tu, tão facilmente como eu, o pudesses suprimir e herdar-lhe os milhões, ó leitor, criatura improvisada por Deus, obra má da má argila, meu semelhante e meu irmão!»

14 novembro 2006

E Após as 10 Semanas?

A lei é aprovada, porque a antiga não era cumprida e "querem deixar de mandar as mulheres para a cadeia": o aborto passa a não ser punível até às 10 semanas. E depois disso? Continuará a haver quem não a cumpra e aborte após o prazo estabelecido...

"Um dos principais argumentos para se alterar a lei é o facto de ela não ser cumprida. Se a lei for para cumprir, e visto que muitos abortos são efectuados depois, ou muito depois das dez semanas, inúmeras mulheres continuarão a cometer um acto ilegal pelo qual deverão, logicamente, sofrer as consequências. Teremos então, suprema ironia, os auto-proclamados defensores dos «direitos fundamentais das mulheres» a lutar por que se cumpra uma lei que irá fazer com que muitas delas passem a ser condenadas, o que até agora, com a lei «opressora e hipócrita», não acontecia porque ninguém lhe ligava. A não ser que a intenção subjacente ao «sim» seja que quem aborte para além das dez semanas também não seja condenado, o que será manifestamente diferente daquilo que vai ser perguntado aos portugueses... seria interessante obter uma resposta."

Encontrámos este comentário do Dr. Fernando M. G. Costa, no Juntos Pela Vida.

Decisão Sobre o Referendo

O Tribunal Constitucional vai anunciar amanhã (quarta-feira) a sua decisão sobre a proposta de referendo sobre o aborto, segundo o Diário Digital. A notícia que encontrámos foi a seguinte:

"Para a convocação de um referendo é obrigatória a apreciação, pelo TC, da constitucionalidade e legalidade da proposta de referendo, aprovada em Outubro no Parlamento, com os votos do PS, PSD e Bloco de Esquerda, a abstenção do CDS-PP e votos contra do PCP e «Os Verdes».

«Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?» é a pergunta prevista na proposta socialista aprovada.

O prazo de apreciação da proposta terminava no final desta semana.

Após o acórdão do TC, que será divulgado na quarta-feira, o Presidente da República, Cavaco Silva, tem 20 dias para decidir se convoca ou não a consulta, que terá de ser agendada para entre 40 e 180 dias depois, podendo acontecer no primeiro trimestre de 2007.

Na apresentação da sua candidatura presidencial, a 20 de Outubro de 2005, Cavaco Silva afirmou que, por princípio, daria seguimento às propostas de referendo que lhe fossem apresentadas pelo Parlamento.

«Tenho uma posição de princípio: um Presidente da República, em circunstâncias normais, deve dar seguimento às propostas de referendo que lhe chegam da Assembleia da República», afirmou.

Em 1998, o TC, embora com uma composição diferente, considerou verificada «a constitucionalidade e a legalidade» de uma proposta de referendo sobre a despenalização do aborto com uma pergunta igual à que foi agora aprovada pelo Parlamento e apreciada pelos juízes do TC.

A pergunta foi aprovada em 1998 por uma maioria de sete juízes (Luís Nunes de Almeida, o relator, Maria Helena Brito, José de Sousa e Brito, Maria Fernanda Palma, Bravo Serra, Artur Maurício e Guilherme da Fonseca) contra seis (Alberto Tavares da Costa, Paulo Mota Pinto, Vítor Nunes de Almeida, Maria dos Prazeres Pizarro Beleza, Messias Bento e José Manuel Cardoso da Costa)."

Cartoon a Favor da Vida 6


Encontrámos este cartoon de Wayne Stayskal, no Daryl Cagle's Professional Cartoonists Index.

Posição Reforçada

Na segunda-feira, D. Jorge Ortiga, o presidente da CEP (Conferência Episcopal Portuguesa) reforçou a posição da Igreja contra o aborto. Descobrimos o artigo, datado de 13 de Novembro, no Correio da Manhã.

"O Arcebispo-Primaz de Braga, que falava na abertura da Assembleia Plenária da CEP, em Fátima, afirmou que a Igreja é clara quando exprime a sua posição mesmo que isso leve a que a situem «no espaço dos retrógrados em confronto com outros países».


Para D. Jorge Ortiga não existe «qualquer razoabilidade» em falar do direito da mulher em abortar «invocando o direito a dispor arbitrariamente do seu corpo», argumentando que «o concebido não é um "apêndice" da mãe, mas antes uma realidade autónoma e, como tal, inviolável».

O presidente do CEP afirmou ainda que nenhuma lei pode transformar uma má acção em algo bom, mas que pode sim «desculpabilizar, total ou parcialmente, os que comentem determinada acção má, atendendo às múltiplas circunstâncias atenuantes»."

13 novembro 2006

Prof. Ian Donald disse...

"A vida humana começa desde o princípio e, se se trata dum génio, a centelha que o gera já lá está. Podeis destruí-la, mas não podeis construir outra igual.", em Acção Médica.

A História de Dr. Bernard Nathanson 2

"A nova tecnologia, o ultra-som, começava a aparecer no ambiente médico. No dia em que Nathanson pode observar o coração do feto nos monitores electrónicos, começou a perguntar-se «O que é que estamos fazendo verdadeiramente na clínica?».

Decidiu reconhecer o seu erro. Na revista médica The New England Journal of Medicine, escreveu um artigo sobre a sua experiência com as ultra-sonografias, reconhecendo que, no feto, existia vida humana. Incluía declarações como: «O aborto deve ser visto como a interrupção de um processo que de outro modo teria produzido um cidadão no mundo. Negar esta realidade é o tipo mais grosseiro de evasão moral».

Aquele artigo provocou uma forte reacção. Nathanson e a sua família receberam, inclusive, ameaças de morte, porém a evidência de que não podia continuar praticando abortos impôs-se. Tinha chegado à conclusão que não havia nenhuma razão para abortar: o aborto é um crime.

Pouco tempo depois, uma nova experiência com as ultra-sonografias serviu de material para um documentário que encheu de admiração e horror o mundo. Era intitulado de «O Grito Silencioso» (já publicado no neste blog) e sucedeu-se em 1984, quando Nathanson pediu a um amigo seu – que praticava entre os 15 a 20 abortos por dia – que colocasse um aparelho de ultra-som sobre a mãe, gravando a intervenção.

«Assim o fez – explica Nathanson – e, quando viu a gravação comigo, ficou tão afectado que nunca mais voltou a realizar um aborto. As gravações eram assombrosas, por mais que não fossem de boa qualidade. Seleccionei a melhor e comecei a projectá-la nos meus encontros pró-vida por todo o país.»

Paulo Geraldo escreveu ainda: "Fui certa vez ouvir uma conferência dada por um médico norte-americano chamado Bernard Nathanson, que, para começar, pousou as mãos abertas sobre a mesa e disse que aquelas mãos tinham feito muitos milhares de vítimas. Era um homem profundamente arrependido, que corria o mundo procurando resgatar alguma paz interior, um homem perseguido por terríveis remorsos. A utilização de uma nova tecnologia para estudar o feto no útero, quando se tornou director de um grande hospital de obstetrícia, fê-lo compreender a enormidade do seu erro.".

12 novembro 2006

O Não de Jorge Miranda

Encontrámos a explicação do "Não" de Jorge Miranda, no referendo de 1998, no TAF - Opinião.

"Por tudo isto, votarei Não no referendo de 28 de Junho:

- porque não confundo ilicitude com culpabilidade e porque nenhuma tolerância pode justificar a ilicitude, mas só desculpar a pessoa;

- porque sou contra toda a violência e porque a interrupção involuntária da gravidez tal como é admitida no projecto do JS nem sequer pode fundar-se numa qualquer forma de harmonização de interesses atendíveis segundo um princípio de proporcionalidade;

- porque nenhum direito à qualidade de vida pode justificar o sacrifício de qualquer vida humana."

A História de Dr. Bernard Nathanson 1

Descobrimos vários artigos sobre Dr. Bernard Nathanson, pela Internet. O que vos é apresentado, de seguida, é o resultado de uma selecção e compilação de artigos de Juntos Pela Vida, de A Aldeia e de ViaOceanica. Dividimo-la em duas partes e esta é a primeira.

“Sou pessoalmente responsável por 75.000 abortos. Isto legitima as minhas credenciais para falar com alguma autoridade sobre este assunto.


Fui um dos fundadores da NARAL (National Association for the Repeal of the Abortion Laws) nos EUA, em 1968. Nesta época, uma pesquisa de opinião fiável descobriu que a maioria dos americanos eram contra o aborto permissivo.


Em cinco anos, tínhamos convencido o U.S. Supreme Court a promulgar a decisão que legalizou o aborto nos EUA, em 1973, e tornou legal o aborto até ao momento anterior ao nascimento. Como fizemos isto? É importante entender as tácticas utilizadas porque as mesmas têm sido usadas em todo o Ocidente com algumas pequenas mudanças, sempre com o intuito de mudar as leis do aborto.”


“No seu livro The Hand of God conta tudo:


«A primeira táctica era ganhar a simpatia dos media. Convencemos os meios de comunicação de que permitir o aborto era uma causa liberal (…). Nós simplesmente fabricámos resultados de sondagens fictícias (...) - que 60% dos americanos eram favoráveis à liberalização do aborto (...). Poucas pessoas gostam de fazer parte da minoria (...).


Enquanto o número de abortos ilegais era aproximadamente de 100 000, nós dizíamos incessantemente aos meios de comunicação que o número era de 1 000 000.


A repetição de uma grande mentira convence o público. O número de mulheres que morriam em consequência de abortos ilegais era cerca de 250. O número que dávamos constantemente aos meios de comunicação era 10.000 (…).


A segunda táctica era atacar o catolicismo. Nós difamávamos sistematicamente a Igreja Católica e as suas “ideias socialmente retrógradas”, e apresentávamos a hierarquia como o vilão que se opunha ao aborto. Esta música foi tocada incessantemente.


Divulgávamos, aos media, mentiras como: “Todos sabemos que a oposição ao aborto vem da hierarquia e não da maioria dos católicos.”, “As sondagens provam que a maioria dos católicos quer uma reforma.”,... E os media martelavam tudo isto sobre os americanos, persuadindo-os de que, quem se opusesse ao aborto livre, estava sob a influência da hierarquia católica e que os católicos favoráveis ao aborto eram esclarecidos e progressistas.


O facto de que as outras religiões, cristãs e não cristãs, eram (e ainda são) completamente opostas ao aborto foi constantemente silenciado, assim como as opiniões dos ateus pró-vida.


A terceira táctica era obscurecer e suprimir toda a evidência de que a vida se inicia na concepção. Uma táctica favorita dos abortistas é a ideia de que é impossível saber quando se inicia a vida humana; que isso é uma questão teológica, moral ou filosófica; nada científica. Ora a fetologia tornou inegável a evidência de que a vida se inicia na concepção (…). A permissividade do aborto é claramente a inegável destruição de uma vida humana (…). Como cientista, eu sei - e não apenas acredito - que a vida humana se inicia na concepção.”


Madre Teresa de Calcutá disse... 5

"O aborto pode ser combatido mediante a adopção. Quem não quiser as crianças que vão nascer, que as dê a mim. Não rejeitarei uma só delas. Encontrarei uns pais para elas."

11 novembro 2006

"Uma Questão de Pontualidade"

Encontrámos também no Sol, de 11 de Novembro de 2006, a opinião do economista Eduardo Louro.

"Com o agendamento do próximo referendo está, de novo, lançada na sociedade portuguesa a discussão sobre a despenalização do aborto. (…)

O aborto é, sempre, uma coisa má. O aborto está, quase sempre, ligado a baixas condições de vida. Às classes mais desfavorecidas. Com piores condições de acesso a um conjunto de coisas que deveriam fazer parte integrante dos factores de desenvolvimento das pessoas e, mesmo, da dignidade própria da condição humana. (...)

Discute-se se a despenalização do aborto, enquanto iniciativa do Estado, não significará uma desculpabilização que se sobrepõe à culpabilização da sociedade, tendendo a anulá-la. Ou mesmo um sinal de promoção de um acto, não só condenável no plano dos valores civilizacionais como, à luz da actual realidade demográfica, irracional. Um paradoxo estratégico.

Precisamente o contrário do que, na actualidade, deveriam ser os sinais emanados do Estado. Que teria de fomentar uma cultura de vida. De promover a natalidade, num país com as mais baixas taxas de natalidade da Europa, com uma população envelhecida. Com graves problemas sociais e de desenvolvimento. Com grandes dificuldades na sustentabilidade do sistema de Segurança Social, por força de uma pirâmide etária invertida.

É aqui, neste paradoxo estratégico, que reside grande parte da questão. Na realidade, não seria este o momento oportuno para esta discussão.

E, em boa verdade, é este o problema do país nos últimos dois ou três séculos. Um problema de pontualidade! Um país que chega sempre atrasado aos encontros com a História. Foi assim com a descolonização. Foi assim com a democracia e foi assim em tantas outras ocasiões… (…)

Esta questão da despenalização do aborto passou pela maioria dos países desenvolvidos há trinta ou quarenta anos. Num outro momento histórico. Numa outra fase do desenvolvimento.

Não importa discutir se, então e nesses países, a prática do aborto aumentou ou reduziu. Essa é mais uma discussão que, sem rigor e sem honestidade intelectual, vemos cada uma das partes em confronto manipular. Nuns terá aumentado e noutros diminuído. O que importa é que, nesses países, hoje, a tendência é para limitar, restringir, as condições da legalidade dessa prática.

Isto é estar a par da História. É ser pontual. E a pontualidade é uma das boas práticas das sociedades e dos povos."

"Aborto e Crise de Natalidade"

Descobrimos este artigo de opinião do advogado Miguel Reis da Cunha, no Sol, de 11 de Novembro de 2006.

"Embora ocorra de forma muito subtil e despercebida, estamos perante uma nova forma de combate e desincentivo à natalidade. (…)

O Estado não protege, nem incentiva a natalidade. Enquanto isso, o sistema de Segurança Social vai-se afundando cada vez mais, porque cada vez vão existir menos jovens a descontar para um maior número de idosos a viver. O dilema é sempre o mesmo. Ou o Estado e a sociedade civil se empenham em criar condições para que se possa nascer, viver e morrer em condições. Ou, nem sequer se tenta, dando-se logo a batalha por perdida, optando-se pela via mais fácil da simples eliminação física. Neste caso, do elo mais fraco que culpa nenhuma tem por a mãe viver num bairro da lata, estar desempregada ou o pai ser um crápula."

10 novembro 2006

"Uma Escolha Contra a Mulher" 2

Esta é a segunda parte do artigo de Fr. Frank A. Pavone, de Priests For Life, encontrado no Portal da Família.

"Preparado pela WEBA. Women Exploited by Abortion (Mulheres Exploradas pelo Aborto), como um alerta para outras mulheres evitarem os riscos da cirurgia de aborto.

Efeitos Físicos
Esterilidade
Abortos espontâneos
Gravidez ectópica
Natimortos
Hemorragias e Infecções
Choques e comas
Útero perfurado
Peritonite
Febre/Suor Frio
Dor intensa
Perda de órgãos do corpo
Choros/Suspiros
Insônia
Perda de apetite
Exaustão
Perda de peso
Nervosismo
Capacidade de trabalho diminuída
Vómitos
Distúrbios Gastro-intestinais

Efeitos Psicológicos
Sentimento de culpa
Impulsos suicídas
Pesar/Abandono
Arrependimento/Remorso
Perda da fé
Baixa auto-estima
Preocupação com a morte
Hostilidade/Raiva
Desespero/Desamparo
Desejo de lembrar da data de nascimento
Alto interesse em bebés
Frustração do instinto maternal
Ódio por pessoas ligadas ao aborto
Desejo de terminar o relacionamento com o parceiro
Perda de interesse sexual/Frigidez
Incapacidade de se auto-perdoar
Pesadelos
Tonturas e tremores
Sentimento de estar sendo explorada
Horror ao abuso de crianças

Que tipo de preocupação pelas mulheres existe quando colocamos mais esforço em matar a criança do que em ajudar a mulher a manter seu filho? A mentalidade do aborto vê a gravidez como uma doença. Ela não leva a mulher a sério, no seu único privilégio de poder gerar uma nova vida!

Alguns dizem que o movimento pró-vida é controlado por homens tentando controlar as mulheres. Mas você alguma vez notou que a indústria do aborto é controlada principalmente por homens, que ganham um monte de dinheiro fazendo esta cirurgia degradante nas mulheres? O aborto não leva o sexo a sério, também. Pelo contrário, fica mais fácil para os homens explorarem as mulheres sexualmente.

Rosemary Bottcher, uma feminista pela vida, escreveu, «O aborto reduz as mulheres ao status de máquinas de fazer sexo que podem ser consertadas, se necessário. O aborto ajuda a aliviar a ansiedade do homem pelo sexo e o libera do último vestígio de responsabilidade. O sexo é realmente livre, afinal!».

Muitas mulheres perceberam estes factos, e formaram a Coalisão Nacional de Mulheres pela Vida (National Women's Coalition for Life). Vamos parar de nos enganar que o aborto é um «direito» da mulher. O movimento pró-vida oferece às mulheres cerca 3.000 centros espalhados pelo país onde elas podem encontrar compaixão, assistência, e alternativas reais e escolhas que oferecem vida. O movimento do aborto oferece-lhes nenhuma escolha excepto um corpo ferido, uma mente marcada, e um bebé morto. A escolha é óbvia.

«Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é suprimi-la», Papa S. Felix."


"Uma Escolha Contra a Mulher" 1

Descobrimos este artigo de Fr. Frank A. Pavone, de Priests For Life, no Portal da Família. Este é apenas um excerto. A segunda parte será publicada posteriormente.

"O aborto é frequentemente apresentado como um problema de «direito das mulheres». É visto como algo desejável para as mulheres, e como um benefício ao qual elas deveriam ter tanto acesso quanto possível. Na verdade, ser «pró-vida» é visto como sendo «contra os direitos da mulher».

Se você às vezes pensa desta forma, examine os factos apresentados aqui. Você verá que, na verdade, o aborto prejudica a mulher, ignora os seus direitos, e as abusa e degrada. Qualquer um que se preocupa com a mulher fará bem em conhecer estes factos.

Estudos de mulheres que fizeram aborto, (veja, por exemplo, o livro do Dr. David Reardon, Aborted Women, Silent No More), mostram que o aborto não é uma questão de dar a mulher uma «escolha». É, tragicamente, uma situação em que as mulheres sentiram que não tinham NENHUMA ESCOLHA, sentiram que ninguém se importava com elas e com seu bebé, dando-lhes alternativa alguma a não ser o aborto. A mulher sente-se rejeitada, confusa, com medo, sozinha, incapaz de lidar com a gravidez - e, no meio disto tudo, a sociedade lhe diz, «Nós eliminaremos o seu problema eliminando o seu bebé. Faça um aborto. É seguro, fácil, e uma solução legal».

O facto é que embora o aborto seja legal (nos Estados Unidos) , ele NÃO é seguro e fácil, nem respeita a mulher.

Carol Everett costumava trabalhar numa clínica de aborto. Ela agora é pró-vida, e ela conta como as mulheres não recebem toda a verdade sobre o procedimento do aborto.

Quando elas perguntam «É doloroso?» lhes é dito «Não!», apesar de dores graves fazerem parte do processo.

Quando elas perguntam, «É um bebé?» lhes é dito «Não!». Muitas mulheres descobriram só DEPOIS de seu aborto que seu bebé já tinha braços, pernas, e chupavam o dedo, antes de serem abortados. Os funcionários das clínicas recebem ordens de não oferecer nenhuma outra informação se lhes forem perguntado. Porque nós não respeitamos as mulheres o suficiente para lhes dizer toda a verdade?

Não é dito às mulheres sobre os muitos efeitos prejudiciais psicológicos e físicos do aborto. O aborto NÃO é seguro. Existem, por exemplo, quinze factores de risco psicológico que devem ser investigados antes deste procedimento. E eles normalmente não são investigados. Mulheres que fizeram aborto têm duas vezes mais probabilidade de aborto espontâneo se ficarem grávidas novamente. Uma das razões disto é a «incompetência cervical». Durante um aborto, o músculo cervical é distendido e aberto apressadamente e, consequentemente, pode ficar muito fraco para permanecer fechado para uma outra gravidez. Outra complicação é a gravidez ectopica (gravidez extra-uterina, fora do útero), uma situação de risco de vida na qual, por causa do tecido fibroso no ventre devido a raspagem do aborto, um óvulo fertilizado é impedido de entrar no útero e assim começa a crescer no tubo falopiano e, por fim, o rompe. Desde que o aborto foi legalizado nos Estados Unidos, os casos de gravidez ectopica cresceram 300%. Muitas outras complicações físicas podem surgir, como mostra o quadro abaixo. Também tem sido provado que complicações e morte de mulheres que fizeram aborto são relatados em BAIXA ESCALA, e registrados sob causas diferentes do que aborto.

Efeitos psicológicos são também muito reais. As mulheres sofrem de PAS (Síndrome Pós-Aborto). Elas experimentam o «luto incluso»; ou seja, uma dor que contamina o seu interior como um pus, porque elas e outros negam que uma morte real ocorreu. Por causa desta negação, o luto não pode propriamente existir, mesmo assim a dor da perda ainda está lá. Muitas têm flashbacks da experiência do aborto, pesadelos sobre o bebé, e até mesmo sofrimento no aniversário da morte. Uma mulher testemunhou que ela ainda sofre pelo aborto feito há 50 anos atrás! Ninguém preocupado com a mulheres pode responsavelmente ignorar estes factos."

09 novembro 2006

Igualdade de Direitos?

Será que haverá igualdade de direitos quando passar a ser apenas a mulher a poder de decidir sobre a procriação da família? Querem que os homens não assumam, nunca mais, as responsabilidades da paternidade?

Madre Teresa de Calcutá disse... 4

"Um país que aceita o aborto não está a ensinar os seus cidadãos a amar, mas a usar a violência para obterem o que querem. É, por isso, que o maior destruidor do amor e da paz é o aborto."

Rethinking Abortion



08 novembro 2006

Prof. Norbert Martin disse...

"Quem considera a vida não nascida como algo que não merece protecção, porque «talvez não seja ainda vida», é semelhante a um caçador que vê algo pardo e, não podendo excluir a possibilidade de que seja um homem, no entanto dispara, considerando que será um veado.", em Sociologia do Aborto, Rhein Zeitung.

Madre Teresa de Calcutá disse... 3

"A pior calamidade para a humanidade não é a guerra ou o terremoto. (...) Se a lei permite o aborto e a eutanásia, não nos surpreende que se promova a guerra!"

Cartoon a Favor da Vida 5


"Q: How many Americans receive the death penalty each year despite their innocence?

A. Thousands."

Encontrámos este cartoon de Steve Breen, no Pro-Life is Pro-Justice.

Clica na imagem para a aumentares.

Dakota do Sul Tenta Recuar na Lei do Aborto

Encontrámos esta notícia no PortugalDiário. O primeiro estado a legalizar o aborto a pedido, nos EUA, foi Nova Iorque, em 1970, segundo o site Aborto. Agora, no estado de Dakota do Sul houve uma tentativa de proíbição de todos os tipos de aborto, que foi recusada.


Será que despenalizamos o aborto, com a intenção de ter uma lei semelhante à dos outros países desenvolvidos (aos quais tanto nos queremos igualar), e não vamos posteriormente imitá-los na tentativa de proibição dessa lei, ao apercebermo-nos do genocídio que foi cometido com o nosso conhecimento, autorização e dinheiro?


"Os eleitores do Dakota do Sul rejeitaram terça-feira em referendo a proibição praticamente total do aborto naquele estado, mesmo nos casos de violação ou incesto, parte de uma nova estratégia dos que se opõem à interrupção voluntária da gravidez.

De acordo com as projecções, a lei foi rejeitada por cerca de 55 por cento dos eleitores desse Estado, considerado muito conservador, revela a agência Lusa.

A lei, submetida a referendo juntamente com as eleições para o Congresso norte-americano e para os cargos públicos do Estado, proibia todo e qualquer aborto excepto quando necessário para evitar a morte da mulher grávida.

Parlamentares do Estado votaram em Janeiro a favor da proibição de quas e todos os abortos no Dakota do Sul, texto aprovado definitivamente em Fevereiro.

A lei contraria directamente o que ficou legalmente definido após o caso «Roe versus Wade», a decisão tomada em 1973, pelo Supremo Tribunal de Justiça norte-americano, que legalizou o aborto ao considerar que a proibição da interrupção voluntária da gravidez contradiz o direito constitucional da mulher à sua vida privada.

Parlamentares do Dakota do Sul admitiram então que a decisão do Supremo sobre a questão do aborto poderia vir a ser alterada, devido às nomeações dos juízes John Roberts e Samuel Alito.

Mas em vez de desafiarem a lei em tribunal, os opositores reuniram o número suficiente de assinaturas para realizar um referendo sobre o aborto naquele Estado.

O Supremo Tribunal deve examinar hoje a constitucionalidade da lei de 2003 que proíbe o método cirúrgico de aborto tardio, primeira restrição federal desde 1973.

A decisão do Tribunal deverá ser conhecida nos próximos meses."

07 novembro 2006

O Bom Comentário de Ricardo

Descobrimos, no blog Acanto, um comentário muito perspicaz de Ricardo, que não deixa de ser actual:

"Boa noite, (...) A jornalista Fátima Campos Ferreira entrevistou, julgo que no decorrer do ano 2003, uma investigadora da área da genética, na circunstância sobre a clonagem, dado que na altura se divulgou que um grupo clonou um bebé humano.

Quando questionada sobre o assunto, a sra. investigadora disse que a generalidade da classe cientifica considera que sensivelmente a partir do 8º DIA de gestação estamos perante um novo SER HUMANO.

Ora, a Constituição da República Portuguesa diz no seu artigo 24º alínea 2 «A vida humana é inviolável», donde qualquer lei que despenalize ou legalize o aborto parece-me inconstitucional.

A discussão sobre o aborto está demasiado centralizada no ponto errado: o sofrimento da mulher que faz aborto e a vergonha de ter de ir a tribunal.


Em primeiro lugar, se não fizer aborto, não lhe acontece nem uma coisa nem outra;

Depois, mais que o sofrimento ou a vergonha de ter de ir a tribunal, é a perda daquele novo ser humano, que perde tudo: a vida.

É ridículo que, num país onde se garante que qualquer criminoso, condenado pelos tribunais pelos piores crimes possíveis, em caso nenhum será condenado à morte, nem tão pouco pode legalmente ser alvo de castigo cruel ou desumano, mas quanto àqueles que são absolutamente inocentes, a estes diz-se «matem-nos»!"


"Women Deserve Better Than Abortion", de Feminists For Life


"Abortion is a reflection that we have not met the needs of women.

Women deserve better than abortion."

Encontrámos este poster, no Feminists For Life.

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Madre Teresa de Calcutá disse... 2

"Temos medo da guerra nuclear e dessa nova enfermidade que chamamos de SIDA, mas matar crianças inocentes não nos assusta. O aborto é pior do que a fome, pior do que a guerra!"

"Aborto e a Liberdade dos Outros"

Descobrimos este artigo de opinião, de Eduardo Rebello de Andrade, no jornal Sol de 4 de Novembro de 2006.

“Bem sabemos que, infelizmente, muitas mulheres recorrem ao aborto pelas mais diversas razões e muitas vezes em condições adversas que põem em causa a sua própria saúde. São, de facto, situações humilhantes e indignas de um ser humano.

Mas, a partir do momento em que a lei permitir efectuar uma aborto por vontade da mulher, naturalmente o mesmo passa a não ser condenável e, consequentemente, mais permissível, quiçá no limite aceitável.

Creio que o papel dos legisladores do Estado e do poder político deve ser o de criar condições às mulheres que lhes permitam ter esses filhos e não que se corte o assunto pela raiz e se permita decidir pela liberdade dos outros que não têm ainda a oportunidade de escolha.

Isto é o que está em causa e não arranjar sempre o argumento das mulheres que têm de ir a Espanha ou que fazem abortos sem quaisquer condições de higiene e saúde, entre outros.

Utilize o poder político os impostos dos contribuintes em soluções que permitam que as mulheres não tenham necessidade de recorrer ao aborto e que defendam o direito à vida de qualquer ser humano.

Não queiram ser permissivos, não se invertam os valores, seja o poder político exigente no exercício das suas funções, pois caso contrário a nossa civilização não evolui mas sim regride.

É muito mais fácil, dá menos trabalho e custa menos dinheiro dizer «Acabou, esta vida não existirá», porque se tem a arrogância de pensar que podemos decidir sobre a vida e liberdade dos outros. Basta! Preocupem-se em construir uma sociedade melhor e arranjar melhores condições de vida e não em acabar com ela.”

05 novembro 2006

"Aborto: Cicatrizes no Masculino"

Saiu hoje uma reportagem da Única, o suplemento do Expresso, intitulada "Aborto: Cicatrizes no Masculino". Convido-vos a lerem-na e a comentarem as conclusões que tiraram dela.

04 novembro 2006

Madre Teresa de Calcutá disse... 1

"Mas eu sinto que o maior destruidor da paz hoje é o aborto, porque é uma guerra contra a criança - um assassinato directo da criança inocente - assassinato pela própria mãe. E se nós aceitamos que uma mãe pode matar até mesmo sua própria criança, como nós podemos dizer para outras pessoas que não matem uns aos outros?..."

"Aborto e Infanticídio"

Encontrámos este texto interessantíssimo e arrepiante, de João Araújo, em A Aldeia. Retirámos algumas partes, mas pode lê-lo na íntegra, acessando ao site.

"Nos Estados Unidos da América, onde o aborto é permitido até aos 9 meses, uma forma de infanticídio também já é permitida, desde 1986!
A sentença que permitiu o infanticídio (...) diz:

«Denying medical care to a newborn baby because that baby is mentally retarded or otherwise handicapped is not a violation of laws forbidding discrimination against handicapped people, provided that the baby's parents agreed to the denial of care. This applies even if the deliberate intent of the denial of care was to cause the baby's death. Feeding is considered a form of medical care for this purpose.»

Em poucas palavras, a um recém-nascido que sofra de atraso mental ou deformação física pode ser «negada a assistência», desde que com consentimento dos pais, mesmo que essa negação de assistência conduza à sua morte. A alimentação é considerada uma forma de assistência. Ou seja, nos EUA, pode-se deixar morrer de fome um recém-nascido atrasado ou deficiente físico!

O caso Roe vs Wade levou à legalização do aborto, nos Estados Unidos da América, nos seguintes termos:
- até à viabilidade (definida, pelo Tribunal, como sendo 26/28 semanas de gravidez), o aborto é completamente livre e nenhum Estado da União o pode proibir;
- a partir da viabilidade, o aborto só pode ser feito por razões de saúde. Mas o próprio Tribunal definiu saúde como sendo «qualquer factor físico, emocional, psicológico, familiar ou de idade (sic), que seja relevante para o bem-estar da mulher»;

Portanto, nos EUA, todas as razões são boas para abortar livremente até à semana 26/28 e, depois disso, para abortar livremente qualquer razão é boa. O aborto ficou assim legalizado até aos nove meses, a simples pedido da mãe e, segundo o Supremo Tribunal, nenhum Estado pode legislar contra isto.


Em 1973, o filósofo Michael Tooley, na sequência de muitos estudos preparatórios que vinham dos anos 60, publica uma série de estudos onde defendia que, do ponto de vista ético, nada separa o bebé recém-nascido do bebé dentro do útero (em qualquer estágio do seu desenvolvimento). E daqui Tooley tira a única conclusão possível: se o bebé antes de nascer pode ser morto – e ele acha que sim!– então o bebé recém-nascido também pode, pois, do ponto de vista ético, não é possível distinguir os dois. (Cf. Michael Tooley, A Defense of Abortion and Infanticide, em Feinberg, The Problem of Abortion. 1st ed. Belmont, CA: Wadsworth Pub.) Estas investigações de M. Tooley haviam de o levar ao livro «Abortion and Infanticide», Oxford, U.P., 1983.

(...) A maioria das pessoas, aparentemente, não leva nada disto a sério. O aborto é uma questão que se discute superficialmente, com slogans – «O corpo é da mulher», «O aborto é uma questão de consciência», «Legalizar o aborto acaba com o aborto clandestino», etc... –, e fica-se com a ideia que os trabalhos académicos do tipo descrito acima são especulações ociosas de pessoas completamente desclassificadas. Mas, pergunta-se, como pode alguém pensar que são desclassificados professores das maiores universidades do mundo e investigadores altamente prestigiados entre os seus colegas?

Se grandes vultos da filosofia estão de acordo em que não é possível distinguir o recém-nascido do bebé dentro do útero, é melhor levar o aviso a sério e perceber que no aborto se joga o infanticídio. E se este tipo de considerações não ajuda as pessoas a perceber o problema, ao menos que a realidade as convença.

Em 1986, dez anos depois do aparecimento do livro de Baruch Brody, a sentença Bowen vs American Hospital Association determinou que, havendo acordo dos pais, os hospitais podem negar cuidados médicos a qualquer criança que nasça com atraso mental ou com uma outra qualquer deficiência. Isto é valido mesmo quando o objectivo desta falta de assistência é causar a morte do bebé. Para o efeito, alimentar o bebé é considerado tratamento médico, pelo que pode ser negado.

O leitor interessado em ler o original da lei poderá ver Bowen v American Hospital Association Para numa análise desta sentença leia-se o artigo Killing the Handicapped: Is It Discrimination?
O infanticídio ficou assim legalizado em certos casos particulares, embora a redacção seja tão vaga que abre a porta a qualquer caso. A sentença Roe vs Wade, ao colocar a linha de morte no nascimento, era indefensável – tal como os filósofos tinham dito – e, portanto, acabou por cair... para o pior lado.

Mas os filósofos disseram também que tanto as dez semanas do compromisso parlamentar como as doze semanas da JS são indefensáveis. A lei acabará por cair para um lado ou para o outro.

Porquê, então, aprová-la? Porque se aprova uma lei indefensável? Não será melhor começar por estudar o problema seriamente?


Convém sempre ter em vista que os académicos afirmaram ser possível, depois de legalizado o aborto em qualquer caso, legalizar o infanticídio em qualquer caso também. A sentença Bowen v American Hospital Association, do ponto de vista formal, ainda não chega a esse extremo.

Mas a aproximação directa à lei que acabará por liberalizar o infanticídio a pedido, em todos os casos e sem nenhuma razão especial, já começou a ser feita no ano passado.


A questão de onde tudo parte é esta: o que é abortar? Concretamente, se um bebé de 8 ou 9 meses estiver a espernear e esbracejar à frente de todos, mas ainda tiver a cabeça dentro da mãe, matá-lo nesta altura é aborto ou infanticídio? O presidente dos Estados Unidos decidiu que era aborto e, portanto, este tipo de mortes é legitimo e aplica-se o Roe vs Wade. Pode-se matar nestas circunstâncias sempre que exista «qualquer factor físico, emocional, psicológico, familiar ou de idade, que seja relevante para o bem-estar da mulher».


Qualquer pessoa percebe que o passo seguinte é matar o bebé quando já está cá fora mas ainda não lhe cortaram o cordão. E a festa seguirá até sabe-se lá onde.


É preciso notar que estas coisas não acontecem pelo facto de, alegadamente, os Estado Unidos da América serem um país de loucos. Isto acontece pelas razões teóricas identificadas pelas pessoas que estudaram o assunto. Não há possibilidade de distinguir o nascido do não-nascido."

03 novembro 2006

Feminista Susan B. Anthony



"«Sweeter even than to have had the joy of caring for children of my own has it been to me to help bring about a better state of things for mothers generally, so their unborn little ones could not be willed away from them.»
Susan B. Anthony

The woman who fought for the right to vote also fought for the right to life.
We proudly continue her legacy."

Encontrámos este poster, no Feminists For Life.

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Não é Um Problema?

Será que "ajudar" milhares de mulheres a recorrer a algo que toda a gente reconhece ser traumático e terrível não é um problema grave o suficiente para ser analisado e resolvido?

Instituição a Favor da Vida 1 - Ajuda de Mãe

O que é a Ajuda de Mãe?
A Ajuda de Mãe é uma IPSS (Instituição Particular de Solidariedade Social) que tem como objectivos:

- acolher e apoiar grávidas
- informar na área da gravidez, sexualidade e planeamento familiar

- formar as mães para melhor receberem os seus filhos

- formar profissionalmente as mães para facilitar a sua inserção no mercado de trabalho.


Como podes ser ajudada?

A Ajuda de Mãe disponibiliza:

- SOS Grávida – 213 862 020 ou 808 201 139, uma linha telefónica anónima e confidencial para esclarecer dúvidas ou partilhar ansiedades, nas áreas mencionadas em cima, ou para proceder ao encaminhamento adequado e disponível na associação

- Gabinetes de Atendimento em bairros de risco (no Bairro 6 de Maio, na Apelação e em Oeiras – horários para consulta disponíveis no site), através acções de formação e atendimentos directos para prevenir e educar para a saúde, e apoiar na construção de um projecto de gravidez e maternidade

- Gabinete de Psicologia, destinados a mulheres com problemas do foro psicológico relacionados com a gravidez

- Espaço Grávida, um espaço de preparação para o parto, de aprendizagem de exercícios facilitadores do parto e de diálogo e reflexão sobre temas relacionados com a gravidez e a maternidade (podes inscrever-te, ligando para 213 827 850)

- Reinserção Profissional, através da “Ajuda em Casa”, uma empresa que pretende integrar, no mercado de trabalho, mulheres desempregadas apoiadas pela instituição, durante a gravidez. O trabalho relaciona-se com a prestação de serviços ao domicílio, que podem ser esporádicos ou periódicos, e muito variados: fazer limpezas, levar um idoso ao médico ou cuidar dele diariamente, servir jantares, passar a ferro para fora ou em casa da pessoa, trabalhos de costura, entre outros.

- Residência Para Grávidas, em duas casas de acolhimento temporário:

  • Grávidas Adultas, que podem ter consigo os filhos em idade pré-escola, para ajudar na definição de um projecto de vida (na Rua Aboim Ascenção, nº3 -3º esq., Lisboa - 217969618)
  • Grávidas Adolescente, para que cada adolescente possa ser mãe e desenvolver, ao mesmo tempo, um projecto de vida que inclua uma integração escolar ou profissional (Rua Afonso Lopes Vieira, 40 - 3º esq. Lisboa - 217933209).


Como podes ajudar?

Podes ajudar a Ajuda de Mãe:

- fazendo voluntariado – divulgar a instituição, organizar os donativos, organizar e desenvolver a biblioteca, dar explicações, fazer atendimento telefónico, organizar festas e vendas, participar em campanhas, entre outros

- tornando-te sócio, com o pagamento de uma jóia de 7,5€ e uma quota mensal de 1,25€ (registo disponível no site)

- fazendo um donativo, que pode ser um apoio monetário ou em géneros (para saberes o que faz falta, consulta o site)

- requisitando os serviços da "Ajuda em Casa", ligando para 213 827 850.

Para te saberes mais acerca da Formação dada na Ajuda de Mãe (Formação para a Sexualidade, Gravidez e Maternidade, Aprender a Ser Mãe e Formação Profissional) ou acerca das Residências para Grávidas (adultas e adolescentes), visita o site da instituição.

Vigília de Oração Pela Vida

Tudo o que é publicado por cada um de nós, neste blog, é escolhido porque nos identificamos com a opinião/o artigo/a crónica, etc... Por isso, este post vai ser o reflexo dos meus interesses e não dos interesses do Sou a Favor da Vida, que não deve ter qualquer conotação religiosa. Esta é a razão pela qual esta vigília não está assinalada na Agenda, à direita no blog.

Descobri uma notícia que pode despertar a atenção de algum leitor católico.

No dia 4 de Novembro, Sábado, vai-se realizar, no Santuário de Cristo-Rei, em Almada, uma Vigília de Oração Pela Vida, das 21h às 23h. Esta vigília, organizada pela Associação "Vivahávida" destina-se a todo o distrito de Setúbal, mas está aberta a quem quiser participar. Esta iniciativa tem o objectivo de sensibilizar a população para a "criação duma cultura de apoio à vida, tendo em vista o debate que se avizinha no seguimento da proposta de referendo para a liberalização do aborto.

Pode obter mais informações sobre a Vigília de Oração Pela Vida ou sobre a Associação "Vivahávida", consultando o site da Agência Ecclesia e através dos telefones 969940701, 918251641 e 934767676 e do e-mail vivahavida@gmail.com.