09 fevereiro 2007

Últimos Esclarecimentos - Panfletos "Minho Com Vida"







Estes panfletos foram encontrados no site do movimento "Minho Com Vida".

Clica neles para os aumentares.

Cartaz do "Minho Com Vida"


Este outdoor foi encontrado no site do movimento "Minho Com Vida".

Dúvida: O Pai Tem Direitos ou Deveres?

O pai tem algum direito ou dever nesta decisão?

Não, o homem fica sem nenhuma responsabilidade, e também sem nenhum direito. A mulher pode abortar o filho dum homem contra a vontade dele. Quando a mulher decide ter a criança a lei exige que o pai, mesmo contra vontade, lhe dê o nome, pensão de alimentos e até acompanhamento pessoal, mas se decide não o ter o pai não pode impedir o aborto - fica excluído na decisão de vida ou de morte do seu próprio filho.

Descobrimos esta resposta no site do movimento "Norte Pela Vida".

Dúvida: Por Que Há Prazos?

Por que se propõem prazos para o aborto legal?

Não há nenhuma razão científica, ética, ou mesmo lógica para qualquer prazo. Ou o bebé é um ser humano e tem sempre direito à vida, ou é considerado uma coisa que faz parte do corpo da mãe e sobre o qual esta tem sempre todos os direitos de propriedade. Os próprios defensores da despenalização sabem que o aborto em si mesmo é um mal e que a lei tem uma função dissuasora necessária, por isso mesmo não pedem a despenalização até aos nove meses. No entanto, é de perguntar porque é que até às 10 semanas mulheres e médicos não fazem mal nenhum, e às 11 semanas passam a ser todos criminosos.

Descobrimos esta resposta no site do movimento "Norte Pela Vida".

"Às 10 Semanas O Feto Já Sente Dor"

Encontrámos este artigo no site do movimento "Minho Com Vida". Podes lê-lo na totalidade, clicando aqui.

Às dez semanas o feto já sente dor», defende Jerónima Teixeira, uma médica portuguesa residente no Reino Unido que desde há 14 anos se debruça sobre a vida intra-uterina.

(...) Indignada com a realidade britânica, onde o aborto legal tem disparado de ano para ano, afirma: «Tenho apreço pela mulher portuguesa. Com o suporte social a que tem direito e com a informação das opções disponíveis o aborto não será necessário.»"

Notícias Sobre o Grande Encontro de Encerramento

Foi ontem o "Grande Encontro de Encerramento" da campanha do "não", no Coliseu, em Lisboa. Lê o que disseram alguns sites acerca deste evento, clicando aqui (Público), aqui (PortugalDiário), aqui (Diário Digital), aqui (TSF), aqui (Agência Ecclesia) e aqui (Rádio Renascença).

"Já Pensou...?"

Encontrámos este post no blog do movimento "Guard'a Vida".

"Já pensou que… temos um referendo para acabar com a prisão de mulheres que abortaram até às 10 semanas, mas nenhuma mulher foi julgada por ter abortado até às 10 semanas? Sabia que o ministro da Justiça reconheceu que de 1997 a 2004 nenhuma mulher foi presa, mesmo tendo abortado muito depois das 10 semanas?

Já pensou que… o Governo, para aliviar os tribunais, aprovou uma Lei para não levar a tribunal os crimes até 3 anos (um deles o aborto)? Já pensou que se antes ninguém foi para a prisão por aborto, agora é que não vão mesmo ainda que aborte muito depois das 10 semanas?

Já pensou que… se anda a falar de prisão e humilhação, mas o que verdadeiramente vai acontecer é legalizar-se a indústria privada do aborto?

Sabia que… José Magalhães, deputado do PS e uma das pessoas que escreveu a pergunta do referendo, diz que o objectivo da lei do aborto foi facultar a «criação e funcionamento legal de estruturas privados de IVG (…)»?

Já pensou que… o Governo fechou maternidades, aumentou as taxas moderadoras, e agora quer financiar clínicas espanholas de aborto?

Já pensou que… se o SIM ganhar Portugal, China e a Coreia do Norte vão ser os países em que o aborto é totalmente livre, sem tempo de reflexão, realizado em adultos e menores (em quase todos os países onde o aborto é legal a mulher que deseja abortar tem de pagar, é informada das alternativas e riscos e tem de se sujeitar a um tempo de reflexão), e pago na hora pelos impostos de todos?

Já pensou que… se o SIM ganhar uma menor de idade não pode comprar álcool nem tabaco, mas pode abortar gratuitamente sempre que quiser?

Sabia que… de acordo com um estudo de 2004, mais de metade (59%) das presas de três cadeias do Texas afirmou que o que as levou à criminalidade foi terem feito um aborto?

Sabia que… apesar de não haver mulheres presas por aborto, metade das presas portugueses já abortou? Sabia que a maioria delas abortou com menos de 20 anos, antes de terem entrado na criminalidade?

Sabia que… nos países onde se legalizou o aborto se deu um aumento brutal dos casos de violência sobre crianças?

Já pensou que… os defensores do SIM nunca tomaram iniciativas para apoiar as mulheres, as famílias, e as crianças?

Já pensou que… a pergunta do referendo fala em aborto por opção da mulher mas nos países que despenalizaram o aborto a maioria das mulheres aborta só porque é pressionada pelo companheiro, pela família ou pelo patrão?

Já pensou que… ao liberalizar o aborto pode ser agora sobre a sua filha, a sua neta, ou sobre si, que vai começar a pressão, a chantagem, ou a violência para que aborte?

Já pensou que… as pessoas não querem mulheres a ser julgadas por aborto, mas a pergunta fala de «despenalização do aborto» e não de «despenalização da mulher que fez aborto»? Já viu que se o SIM ganhar temos despenalização» do homem, do patrão, do médico que pressionam a mulher a abortar?

Já pensou que… os malefícios do aborto (como a depressão) ocorrem tanto no aborto clandestino como no legal? Sabia que a taxa de suicídio aumenta 1000% nas jovens que fizeram um aborto? Já pensou que 30% das mulheres que abortam tentam suicidar-se pelo menos uma vez?

Sabia que... às 10 semanas de gravidez, o filho está completo, tem os órgãos a funcionar responde a estímulos, tem expressões faciais e já tem partes do corpo sensíveis à dor?

«À primeira actividade cerebral de resposta a estimulas de dor pode ser registada entre a nona e a décima semana.»

«Na sétima semana o bebé vira e afasta a cara de qualquer estimulo na mesma manobra defensiva que pode ser observada ao longo de toda a vida de uma pessoa. »

Sabia que… há uma educadora de infância por cada 16 crianças e que 16 mil abortos por anos são mil educadoras que ficam sem emprego? Viu como nos EUA bastaram 10 anos para que uma em cada 3 crianças fosse abortada?

Já pensou que… nunca uma mulher se arrependeu deter escolhido levar a gravidez até ao fim?

Já pensou que... ajudar mães a ter os filhos e gerar emprego é juntar o útil ao agradável?


Já pensou que… em Portugal, a procura de crianças para adoptar é muito superior à oferta?

Já pensou que… depois de aumentar o IRS para reformados e deficientes, depois de baixar a comparticipação dos medicamentos, o Governo vai-lhe cobrar mais impostos para financiar o aborto livre nas clínicas?

Já pensou que é melhor não passar ao Lado do referendo? Se é assim então é melhor votar NÃO? Ignorar é o pior remédio, passe a palavra…

Estes dados foram tirados de pesquisas nos EUA e são de fonte segura."

Dúvida: A Despenalização Não Obriga a Abortar...

Mas a despenalização não obriga ninguém a abortar...

Está provado que a despenalização torna o aborto mais aceitável na mentalidade geral, e por isso mesmo leva na prática ao aumento do número de abortos. A lei não só reflecte as convicções duma sociedade como também forma essa mesma sociedade. O que é legal passa subtilmente a ser considerado legítimo, quando são duas coisas muito diferentes, foi o que aconteceu com os alemães que em Nuremberga diziam não ter responsabilidades no extermínio dos judeus porque se tinham limitado a cumprir a lei.


Descobrimos esta resposta no site do movimento "Norte Pela Vida".

08 fevereiro 2007

Panfleto "Portugal Pela Vida"


Este é um panfleto que nos foi enviado.

Clica na imagem para a aumentares.

Agenda - 09.02.2007

Às 10h00, realizar-se-á uma caminhada em Guimarães pela vida. O local de concentração é no Largo do Toural (em frente à sede do movimento "Minho Com Vida").

Às 17h00, o programa "Opinião Pública" da SIC Notícias emite um debate sobre o aborto que encerrará a campanha, com a presença de Jacinta Oliveira pelo "não".

Às 19h30, iniciar-se-á a concentração nas arcadas, em Braga, para uma "Life Parade" ao longo da Av. da Liberdade. De seguida, às 21h30, haverá uma sessão de encerramento, já anunciada.

Também às 19h30, no Jardim do Paço, em Évora, irá haver um jantar de encerramento com Fernando Negrão, Paulo Portas, Filipe Anacoreta Correia, Assunção Cristas, Bagão Félix, Laurinda Alves, Maria João Avilez, Matilde Sousa Franco e Pedro Mota Soares.

Às 21h00, haverá um acção de encerramento de campanha, intitulada "Festa da Vida" no Salão dos Bombeiros Voluntários de Lamego.

As "Vigílias de Oração Pela Vida" iniciar-se-ão, às 17h45, na Sé Velha em Bragança, 21h00, na Igreja dos Terceiros em Viseu e, às 21h30, nos Jerónimos e na Igreja Paroquial de Cascais.

Quando For Grande, Eu Quero Ser...

Dúvida: A Despenalização É Só Para as Mulheres?

A despenalização seria só para as mulheres?

Não. A despenalização abrange todos: médicos, pessoas com fortes interesses económicos nesta prática, pessoas que induzem ao aborto.... Pessoas que na lei de 1984/97 tinham penas muito mais pesadas que a própria mulher. As leis pró-aborto abrem as portas ao grande negócio das Clínicas Privadas Abortivas e aos acordos para o Estado pagar esses serviços, enquanto os verdadeiros doentes esperam anos para serem atendidos sem terem direito a essas regalias.

Descobrimos esta resposta no site do movimento "Norte Pela Vida".

Encerramento de Campanha em Braga


Para leres o panfleto completo criado pelo movimento "Minho Com Vida", clica em cada uma das imagens correspondentes a cada uma das faces.

Actualizações

Estamos a poucos dias do referendo e as actualizações do nosso blog vão ser mais frequentes. Anunciamos já que no dia 10 de Fevereiro, dia de reflexão, não iremos publicar nenhum post.

Aborto em Espanha na SIC

"Até há pouco, a maioria das mulheres que decidiam interromper a gravidez [em Espanha] eram divorciadas e tinham um nível académico elevado, mas a afluência de imigrantes está a mudar a situação. Actualmente, cerca de metade dos abortos são realizados a mulheres estrangeiras (...).

Dez a 15 por cento dos abortos praticados em Madrid têm como protagonistas portuguesas em situação de alto risco, ou seja, depois das 12 semanas de gravidez.


Em Espanha há 134 clínicas autorizadas a praticarem a interrupção voluntária da gravidez, 14 das quais preparadas para fazer abortos de alto risco. Algumas tencionam abrir centros em Portugal, mas não sabem como."

Para veres o vídeo referente a esta reportagem, clica aqui. Para leres a reportagem na totalidade, clica aqui.

Maria José Nogueira Pinto disse... 4

«Isto é um alçapão que se vai abrir para as mulheres, que ficam entregues à sua sorte para tomar uma decisão que é considerada como uma boa decisão, acolhida na lei, sem nenhuma espécie de censura.»

Textos Interessantes

Encontrámos textos que consideramos muito interessantes nos blogues de defesa da vida. Visita:

- Pela Vida - Elucidário Sobre o Aborto

- Blogue do Não - O Meu Não é Feminista .

Madre Teresa de Calcutá disse... 13


"Eu vou-lhe contar uma coisa bonita. Nós estamos lutando contra o aborto através da adopção - tomando conta da mãe e da adopção de seu bebé. Nós temos salvo milhares de vidas. Mandamos a mensagem para as clínicas, para os hospitais e estações policiais: «Por favor, não destrua a criança, nós ficaremos com ela.»

Nós sempre temos alguém para dizer às mães em dificuldade: «Venha, nós tomaremos conta de si, nós conseguiremos um lar para seu filho!». E nós temos uma enorme procura por parte de casais que não podem ter um filho..."

Dúvida: E o Aborto Clandestino?

Mas tem de ser acabar com o aborto clandestino...

É verdade, temos mesmo é que acabar com o aborto, que ninguém pense que precisa dele, mas a despenalização não ajuda em nada à sua abolição.

Em todos os países, após a despenalização aumentou muito o aborto legal (segundo a Eurostatt, no Reino Unido 733%, por ex.), mas não diminuiu o aborto clandestino, pois a lei não combate as suas causas (quem quer esconder a sua gravidez não a quer revelar no hospital, por exemplo). E após os prazos legais regressa tudo à clandestinidade.

A diminuição do aborto passa por medidas reais e positivas de combate às suas causas, e não há melhor forma de ajudar os governos a demitirem-se destas prioridades do que despenalizando o aborto. O que importa é ajudar a ver as situações pelo lado positivo e da solidariedade, e não deixar que muitas mulheres se vejam desesperadamente sós em momentos extremamente difíceis das suas vidas. É preciso que elas saibam que há sempre uma saída que não passa pela morte de ninguém, e que há muitas instituições e pessoas de braços abertos para as ajudarem.

Descobrimos esta resposta no site da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas.

07 fevereiro 2007

Bagão Félix disse...

"Estamos a exportar nascimentos para Badajoz e a importar abortos para Lisboa."

Mattie Brinkerhoff disse...

"When a man steals to satisfy hunger, we may safely conclude that there is something wrong in society - so when a woman destroys the life of her unborn child, it is an evidence that either by education or circumstances she has been greatly wronged."

Em Que Vou Votar?

Ainda não sabes em que vais votar? Sugerimos que descubras o sentido de voto que a tua consciência te pede.

Instruções

Basta que respondas com liberdade às 10 perguntas, que fazem parte de "Um Exercício de Amor", descoberto no site do movimento "Positivamente Não". Escreve as tuas respostas num papel. No final, soma os "Sim" e os "Não".

Um Exercício de Amor

10 Semanas | 10 Perguntas

1. A uma mulher com dificuldades na vida é a morte do filho que a sociedade oferece? Sim | Não

2. Liberalizar o aborto torna a sociedade solidária? Sim | Não

3. A mulher é mais digna por poder abortar? Sim | Não

4. Uma sociedade que nega o direito a nascer, respeita os Direitos Humanos? Sim | Não

5. É maior o direito da mãe a abortar do que o direito da criança a viver? Sim | Não

6. Sem razão clínica, os abortos são cuidados de saúde? Sim | Não

7. Concorda que a saúde de outras mulheres fique à espera (para que o aborto se faça até às 10 semanas)? Sim | Não

8. Aborto "a pedido da mulher". Há filho sem pai? Sim | Não

9. Quem engravida gera um filho. Mata-se o filho? Sim | Não

10. É-se mais humano às 10 semanas e 1 dia do que às 10 semanas? Sim | Não

Agenda - 08.02.2007

Amanhã, irá realizar-se o "Grande Encontro de Encerramento", no Coliseu, em Lisboa. Já anunciámos anteriormente e, se quiseres saber como adquirir entradas, clica aqui.

Às 21h00, irá haver uma palestra no Centro Social e Paroquial de Meadela, em Viana do Castelo.

Às 21h00, haverá uma sessão de esclarecimento, sobre o tema "O Aborto, a Protecção da Mulher, a Lei e a Vida", no Hotel Faro, Loja 7, com Linda Vieira, Luís Lopes e Samuel Mendonça.


Às 21h30, os Núcleos de Estudantes da Associação Académica de Coimbra organizam um debate sobre o aborto no IPJ com Cláudio Anaia e um representante da associação "Mulheres em Acção" pelo "não" e Francisco Allen Gomes e Vírginia Ferreira pelo "sim".

Também às 21h30, a associação "Mulheres em Acção" estará presente no Centro Paroquial de Cristo Rei numa sessão de esclarecimento.

À mesma hora, a Livraria Almedina, no Arrábida Shopping, em Vila Nova de Gaia, recebe um debate com a presença de Daniel Serrão pelo "não" e Albino Aroso pelo "sim". Para mais informações sobre este evento, clica aqui.

Também às 21h30, haverá uma sessão de informação no Seminário de Vila Real, promovida pelo Centro de Formação da Acção Católica Rural e com a participação do movimento "Vida, Sempre!".

Dúvida: E Quando Não Tem Condições Económicas?

E quando a mulher não tem condições económicas para criar um filho?

Quem somos nós para decidir quem deve viver ou morrer? Para decidir quem será ou não feliz por causa das condições no momento do nascimento? O destino de cada um é uma surpresa, basta ver quantas estrelas milionárias do futebol vieram de bairros de lata. Deviam ter sido abortadas? Uma mãe com dificuldades precisa de ajuda para criar os seus filhos, abortar mantê-la-á na pobreza e na ignorância, o que só leva ao aborto repetido.

Descobrimos esta resposta no site da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas.

"O Triplo Referendo"

Encontrámos este artigo de opinião de António Pinto Leite, no jornal "Expresso" desta semana. É relativamente extensa, mas aconselhamos a ler.

"Poucos debates sociais terão sido tão úteis como os realizados sobre o aborto.

Os estudos de opinião demonstram que os portugueses querem despenalizar, mas reagem contra a possibilidade do aborto livre. Não querem castigar, mas não querem permitir o aborto de qualquer maneira. Querem proteger as mulheres da vergonha social e do sistema criminal, mas não querem desproteger em absoluto o filho em gestação. Impressiona a maioria dos portugueses que o coração do bebé bata, às dez semanas.

O «sim» ganha o referendo se conseguir que, na hora de votar, o dilema dos portugueses seja despenalizar ou não.


O «não» ganha o referendo se conseguir que, na hora de votar, o dilema dos portugueses seja permitir o aborto livre ou não.


A inércia do debate favorece o «sim», na medida em que o som de fundo da sociedade é o de que não se pode pôr as mulheres na prisão. Não há mulher nenhuma na prisão, mas é uma ideia adquirida.


A verdade favorece o «não». A verdade é que no referendo está em causa o aborto livre, a mulher quer, a mulher faz.


Virá a verdade ao de cima, durante a campanha? É este o primeiro braço-de-ferro da campanha. Há outro, o da abstenção.


O referendo é triplo, contém três perguntas: despenalizar, liberalizar o aborto até às dez semanas e responsabilizar o Estado pela assistência e pelos encargos com a prática do aborto.
São três perguntas distintas. Há consenso quanto à primeira, não há consenso quanto às outras duas. Muitos portugueses não irão votar porque, tal como a pergunta é feita, não conseguirão optar.

Se os políticos tivessem feito o trabalho de casa não se teria chegado a este referendo. Se há consenso em despenalizar, por que não avançaram antes os partidos para um acordo, em sede parlamentar? Por que ficaram na gavetas projectos de deputados do próprio PS, por que não reagiu o PSD? Por que caiu em saco roto a reflexão de Freitas do Amaral?


A resposta portuguesa para a questão do aborto terá de ser sofisticada. Juridicamente sofisticada, socialmente sofisticada.
Desde logo, socialmente sofisticada. Se, desde o último referendo, alguns voluntários conseguiram dar apoio a mais de 80.000 grávidas e dar a vida a mais de 10.000 bebés em risco de aborto, o que não poderá o Estado, com os seus meios, fazer neste domínio?

Os portugueses têm uma tradição e uma sensibilidade especiais. Os portugueses querem um ponto de equilíbrio entre a intimidade angustiada da mãe e o direito à vida do filho.


Os dados internacionais demonstram que o aborto livre tem como consequência o aumento exponencial do número de aborto. Os dados demonstram que o aborto livre não acaba com o aborto clandestino. Para quê dar este passo civilizacional, se não resolve o problema?


Com os consensos que o debate do referendo provocou, nada ficará como dantes. Se o «não» vencer, haverá despenalização sem aborto livre. Se o «sim» vencer será passado um cheque em branco ao aborto livre.


Portugal precisa de ganhar tempo para fazer a lei que quer. Votando «não» Portugal ganha esse tempo, tempo para o equilíbrio entre o drama da mãe e a vida frágil que tem dentro dela, tempo para sim mesmo."