30 janeiro 2007

Dúvida: O Feto é Pessoa e Tem Direitos?

Dizem que o feto ainda não é pessoa e por isso não tem direitos... É verdade?

Dentro da mãe não está de certo um animal ou uma planta, está um ser humano em crescimento com todas as suas características em potência desde o momento da concepção. Dependente da mãe, como estará durante muito tempo depois de nascer - pois se deixarmos um bebé no berço sem o alimentarmos ele morre – dependente como muitos doentes ou idosos. Será que por isso estes também não são pessoas, nem têm direitos? É por serem mais frágeis que os bebés, dentro ou fora do seio materno, os doentes e idosos, precisam mais da protecção legal dada por toda a sociedade.

Em 1857, o Supremo Tribunal dos EUA decretou por 7 votos contra 2 que os escravos legalmente não eram pessoas e portanto estavam privados de protecção constitucional. Queremos fazer o mesmo aos bebés ainda não nascidos?

Descobrimos esta resposta no site da
Associação Portuguesa de Famílias Numerosas.

10 Comentários:

At 30 janeiro, 2007 12:30, Blogger MRA said...

Escravos?
Fetos?!
Realmente há muita confusão na cabeça do Não...

 
At 30 janeiro, 2007 12:45, Blogger Girafa said...

Não conseguiu perceber o paralelismo?

 
At 30 janeiro, 2007 12:59, Anonymous Anónimo said...

Não, Girafa... Não conseguiu perceber... Realmente há muita confusão na cabeça do Sim...

 
At 30 janeiro, 2007 14:11, Anonymous Anónimo said...

Penso que a maior hipocrisia do vosso blog passa pelo facto de se esquecerem q enquanto nao liberalizarem:

- NUNCA mais as politicas sociais sao postas em pratica porque vai-se continuar a fechar os olhos a algo que acontece ás "escondidas";

- NUNCA MAIS sabem quem pretende abortar logo nao vao conseguir chegar a essas pessoas para evitar que isso suceda;

Se acreditam tanto que a politica social e a religiao é a solução para este problema LIBERALIZEM e ponham maos à obra. Nao é penalizando e atirando este problema para a marginalização e para o lado obscuro da sociedade que ele vai deixar de existir.

Badajoz está aqui ao lado. O aborto vai continuar a existir enquanto nao houver politicas internas.

A igreja cada vez desilude mais. Tanta riqueza e tao pouca ajuda. Falam muito mas nao os vejo nas ruas, no meio das pessoas q realmente precisam.é realmente confortavel o trono de S PEDRO.

Outro questão gira que toca o limear da hipocrisia é chamarem vida a um feto. Optimo... é verdade!! e a mae, não é uma vida? Alguem se le,mbrou de defender a mae? O feto é uma vida potencial, a mae é uma vida concreta...

falando em vida potencial ou vida: um ovulo é vida. Um espermatozoide é vida... que diferença têm estas duas celulas de um feto com 7 dias que ainda nem sistema nervoso tem? Onde está o limiar da vida e da potencial vida nao vos sei dizer mas nao ha-de ser pelo conceito de vida que la chegamos...

Se formos pela vida os catolicos sao TODOS uns criminosos. Comemos ovos, comemos carne, comemos peixe... abiam que tudo isso é substituivel por cereais? sabiam que a comida vegetariana e macrobiotica é tao rica ou mais que a mediterranica? tendo a mais valia de nao ter as toxinas que advem de comermos cadavares, mas o que interessa isso, não é senhores?! sao animais, nao sao pessoas...

O mesmo amor com que Deus criou o homem foi aquele com que criou as plantas e os outros animais. quem somos nos para falarmos de matar quando matamos animais para comer e pessoas para enriquecer??? Nao vos vi tao activos a quando da tentativa de empedimento da ida de militares para o Iraque. O que são aquelas vidas para voces? porque se levantam tantas vozes no caso do aborto e no caso da guerra se cruzam braços?

Deixa-me de veras maravilhada ver quao entendidos sois no tema do aborto e das razoes que levam uma mulher a abortar. Como sabem voces disso? Têm casos de aborto na familia ou andam a ler muito? se colocarem um pouco no meio desta realidade apercebem-se que não é por leviandade que o aborto se faz. Ninguem faz com leviandade algo que causa tanta dor. conheço quem o tenha feito, mais do que um caso e não é bonito nem repetivel, mas quem fez nao se arrepende, apenas se entristesse por o ter feito.

Falando em dor, se a dor é assim tao grande, se o trauma é assim tao grande, como podem temer que o aborto se torne um metodo contraceptivo? acham mesmo que alguem se sujeitaria a um segundo aborto depois do que se sofre? tenham paciencia...

esclarecimento:
- Sou cristã, não sou catolica
- EM PRINCIPIO nunca faria um aborto mas exijo que se dê essa liberdade de decisão pois é a unica maneira de realmente haver liberdade de expressao e de despoltar na opiniao publica o dever de evitar esta situação.

 
At 30 janeiro, 2007 16:33, Blogger Miriam said...

Carla,

em primeiro lugar, e falando em nome dos membros do blog, não sei de onde surgiu a sua ideia de que somos católicos ou defendemos a nossa opinião com base em questões religiosas. Nunca manifestámos isso no nosso blog e temos tido o cuidado de eliminar referências a Deus e ao catolicismo em todas as transcrições. O único motivo que pode suscitar essa ideia são as citações, mas citamos católicos (o Papa, bispos, etc...) tal como citámos médicos, juristas e outros.

Conhece-se quem pretende abortar, bem como as suas razões, idades e dificuldades, a partir de sondagens e do acompanhamento de mulheres que já fizeram abortos (tal como fazem associações e organizações cujos nomes posso indicar, mas que com certeza conhece). Por isso, as políticas sociais de que falou podem ser postas em prática e pode-se chegar às mulheres-mães que se vêm numa situação em que o aborto se torna uma opção.

Por acharmos que a política social é a solução (quem falou em religião foi apenas a Carla), é que não apoiamos a liberalização. Pomos mãos à obra sem termos de considerar o “aborto” como um direito. De qualquer modo, também não é liberalizando-o “que ele vai deixar de existir”.

Infelizmente o aborto existe. O aborto clandestino, e penso que é a isso que se refere, continuará a existir, mesmo que se legisle sobre esta questão. Haverá sempre quem: queira esconder a situação, ultrapasse o prazo das 10 semanas, o faça em estabelecimentos não autorizados, etc... Por isso, pergunto-lhe se entende que “políticas internas” são liberalizar o aborto ou é a intervenção junto das mães em dificuldades para que não o façam.

Se a Igreja a desilude, isso não é uma questão que nos diga respeito. Agradecemos que a tenha querido partilhar.

Quanto à questão da vida, ainda bem que estamos de acordo. Sim, a mãe é uma vida, mas a não ser numa situação que a nossa lei actual contempla (o aborto seja a única maneira de remover perigo de morte para a mãe), não me parece que se esteja a optar entre a vida da mãe e a do filho. Não é isso que está em questão, Carla. Não se está a escolher qual é a vida que tem mais valor, porque a vida da mãe não está ameaçada. De qualquer modo, chamo-lhe a atenção para uma contradição sua: primeiro, concorda com o facto de o feto ser uma vida (“Óptimo... é verdade!!”), e depois diz que “o feto é uma vida potencial”... Então, é uma vida ou não é? Penso que a ciência tem uma ideia clara acerca do assunto.

Corrijo-lhe uma questão: o óvulo e o espermatozóide não são vida. Ao unirem-se, no momento da concepção, tornam-se num novo ser, numa vida. Esse novo ser, tal como deve ter lido neste post, está em crescimento e tem todas as suas características. É um ser distinto da mãe e todos os outros seres que alguma vez existiram.

Mais uma vez, fala em católicos. Respondo-lhe com duas perguntas: quem lhe disse a si que somos católicos e quem lhe disse a si que não somos vegetarianos? Não entre por aí, Carla... Podemos discutir esta questão sem falarmos em Deus: não é uma questão religiosa.

O nosso blog relaciona-se apenas com a questão de defesa da vida, no âmbito deste referendo. Quanto ao tipo de acusações pessoais que fez, não creio que esteja em posição de o fazer: não conhece os membros do blog, não sabe das suas posições e convicções acerca de outros assuntos, não sabe aquilo que viveram ou a que assistiram (nem os casos que conhecem, de pessoas que abortaram ou que tiveram em risco de o fazer), nem do quanto fizeram ou fazem para alterar situações de injustiças sociais. Concentre-se apenas na discussão da questão do aborto, que é o que está em causa. Nunca afirmámos que uma mãe aborta por leviandade. Os casos que conhece certamente que têm circunstâncias únicas e diferentes de todas as outras, porque cada caso é um caso. Mais uma vez contradiz-se: “mas quem fez nao se arrepende, apenas se entristesse por o ter feito”.

Espero ter esclarecido todas as suas questões. Obrigada por ter partilhado connosco a sua opinião.

 
At 30 janeiro, 2007 17:27, Blogger Miriam said...

Carla,

acabei de encontrar algo que lhe interessará.

Diz num panfleto da Federeção Portuguesa Pela Vida:

"A Concepção é o início do desenvolvimento contínuo de cada pessoa que só se completa na idade adulta."

E mais abaixo, destacado:

"A 1ª Célula (após a fusão dos 23 cromossomas paternos com os 23 maternos). É geneticamente única e irrepetível. Nesta célula única estão já determinadas todas as características como o sexo, a cor dos olhos e o cabelo, a estatura, o potencial da inteligência e, em certa medida, a base da personalidade."

Acho que a esclareceu na questão da diferença entre o óvulo + o espermatozóide e um feto, ou mesmo o fruto da união dos dois gâmetas.

 
At 30 janeiro, 2007 17:34, Anonymous Anónimo said...

Gostava que me explicassem porque razao uma mulher quando faz um aborto espontaneo antes das 10 semanas, nao é passada uma certidao de obito... é uma vida...
Porque razao os fetos com uma deficiencia ou quando uma mulher e violada, se pode abortar... é uma vida...
Ou nestes casos deixa de ser vida

 
At 30 janeiro, 2007 17:55, Blogger Miriam said...

Nana,

mais uma vez respondo em nome dos membros do blog. A mulher não "faz" um aborto espontâneo. Sinceramente, não sei porque não estou dentro desses assuntos.

Não nos perguntou se concordamos com a lei em vigor nem tão-pouco sabe a nossa opinião acerca do assunto, por isso, esse tipo de sarcasmos são desnecessários.

De qualquer modo, obrigada pelo seu comentário.

 
At 30 janeiro, 2007 18:48, Anonymous Anónimo said...

os membros do blog q não se preocupem c/ a opinião da carla q tem deixado os seus comentários espalhados por todos os blogs do não. comentários esses todos iguais, são de quem não tem + nada q fazer.

 
At 04 fevereiro, 2007 21:25, Blogger Nuno said...

Este último comentário é verdadeiramente democrático. Honestamente, e apesar de se tratar de um comentário anónimo e certamente não veiculado pelos moderadores do blog, pensei que este fosse um fórum sério.
De todo o modo, e apesar de pelos vistos a minha opinião perder o seu valor se for difundida em diversos blogs, acho que ainda posso transmiti-la.
É bom julgar que podemos viver num universo ideal, em que o aumento da segurança dos automóveis e da formação dos condutores irá eliminar, em absoluto, os acidentes e as suas consequências. Infelizmente, e lamento trazer-vos a razão (ou "à razão") desta forma, isso não é real, da mesma forma que não é real a ideia de que com políticas sociais, sejam elas quais forem, se vai resolver o problema. Reforço: não considero que a aprovação no actual referendo venha resolver o problema do aborto clandestino venha resolver plenamente o problema: mas dá às mulheres uma alternativa; não são empurradas, forçadas, obrigadas a recorrer a uma "talhante" e a colocarem em risco quer as suas vidas, quer as vidas de filhos que desejem ter no futuro.
Não quero alongar-me mais; os argumentos de parte a parte já são por demais conhecidos. No entanto, quero deixar uma mensagem: quem obriga jovens a recorrer a sítios clandestinos, onde são manipuladas e violentadas de forma brutal por pessoas sem qualquer formação e que ganham a vida com o número de abortos que conseguem efectuar, não pode dizer que é a favor da vida.
Lamento, mas não tentem enganar outros, nem tentem enganar-se a vós próprios: a lei actual atenta contra a vida e conduz à morte; negá-lo é não apenas uma mentira, como se revela, nesta altura, altamente perigoso.

 

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