06 fevereiro 2007

Desenvolvimento do "Protagonista"

Muitos desconhecem o desenvolvimento do "protagonista" deste referendo no interior da sua mãe.

Dia 1. O espermatozóide fecundou o óvulo: surgiu uma nova vida humana. Estão já determinadas características como o sexo, a cor dos olhos e do cabelo, a estatura, até o potencial de inteligência e em certa medida a base da personalidade...

3ª semana. O coração começou a bater. O embrião tem 3mm. O seu sistema nervoso e os seus órgãos principais começam a tomar forma. O coração já bate e nos seus vasos circula sangue diferente do da mãe.

4ª semana. Já é 10 mil vezes maior do que no seu início. Formam-se os brotos dos membros superiores e inferiores; surge a abertura da boca; começam a formar-se o olho e o ouvido interno, os aparelhos digestivo e respiratório e os nervos motores.

5ª semana. O bebé já se movimenta. São visíveis traços faciais, incluindo a boca e a língua. Os olhos têm já retina e cristalino. O principal sistema muscular desenvolve-se. Mãos e pés tornam-se aparentes.

6ª semana. Podem detectar-se ondas cerebrais num EEG. Tem 12 a 15 mm. Aparecem as pálpebras, distinguem-se as saliências auriculares, o lábio superior, a ponta do nariz... O esqueleto de cartilagens está totalmente formado. A criança nada e move-se raciosamente. Os braços e as pernas aumentaram de comprimento e começam a desenhar-se os dedos.

7ª semana. Tem receptores da dor. Mexe-se e reage quando lhe tocam na boca. Tem cerca de 1,8 cm e pesa menos de 1 g. Tem tiróide, glândulas salivares, brônquios, pâncreas, canais biliares, ânus. Começam a formar-se os dentes de “leite”, os testículos e ovários. O esqueleto começa a calcificar-se. A parte do cérebro que controla as funções vitais desenvolve-se.

8ª semana. Os primórdios dos principais órgãos estão já formados. Acabou o período embrionário. Tem músculos nos membros, no tronco e na face, tem orelhas, dedos nas mãos e nos pés. Responde a estímulos: abre a boca; se lhe puserem uma coisa na mão já a agarra (possui o reflexo da preensão); flecte os dedos dos pés; tem movimentos espontâneos. As principais estruturas do sistema nervoso central estão formadas e os neurónios começam a migrar para o córtex cerebral.

9ª semana. Já consegue chuchar no dedo. Tem 5 cm e pesa menos de 8 g. Engole, mexe a língua, chucha no dedo.

10ª semana. Já tem as mesmas impressões digitais que terá durante toda a sua vida. Tem 6 cm e pesa cerca de 14 g. Começam a formar-se as unhas das mãos e os dentes definitivos. Tem pestanas, abre e fecha os olhos, as cordas vocais formam-se na laringe e pode fazer sons.O registo da actividade cerebral (EEG) torna-se mais consistente.

Pés de um bebé de 10 semanas.

Esta informação foi-nos enviada por e-mail pela Plataforma "Não Obrigada".

6 Comentários:

At 06 fevereiro, 2007 18:17, Blogger Nuno said...

Alguém consegue explicar-me qual é a relevância destes factos, ou se isto sequer passa pela cabeça de uma mulher que está confrontada com o drama do aborto?

Sejamos realistas: ninguém tem melhor percepção da vida que está a gerar no seu útero, do que a própria Mãe. Não é necessário nem recomendável, a bem da clareza de pensamento e julgamento do eleitorado, o recurso permanente a estas imagens e à defesa dos potenciais direitos do feto/criança/embrião/jovem...

A realidade é outra, bem mais dramática, e por muitos direitos que se atribuam ao feto/criança/embrião/jovem, este drama continuará, e os potenciais direitos deste continuarão a sucumbir em garagens, barracões, e outros locais similares, de forma bem real.

 
At 06 fevereiro, 2007 18:58, Anonymous Anónimo said...

Anselmo Borge, teólogo e filósofo:

«Duvido que às 10 semans estejamos perante um ser humano... Mas de modo algum pode existir uma pessoa por essa altura. Para existir a pessoa é preciso consciência.»

 
At 06 fevereiro, 2007 20:40, Blogger Miriam said...

Há uma relevância nestes factos. Tal como leu no post anterior, há quem se admire ao constatar que tem, dentro de si, um bebé e não uma massa de células como, às vezes, se quer fazer crer.

Recordo-me de ter lido, na revista Única do jornal Expresso, uma reportagem. Uma rapariga, cuja gravidez era resultante de uma violação, fez uma ecografia para abortar. Como sabe, este caso é previsto na nossa lei actual. Ao ver, no ecrã, que o bebé chuchava no dedo, apercebeu-se de que estava um ser humano dentro de si: o seu filho. O artigo era acerca de mães adolescentes, por isso, já sabe qual foi o final da sua história.

Sejamos realistas: pesa mais a defesa do direito à vida "do feto/criança/embrião/jovem...", como escreveu, ou a defesa ou direito à liberdade da mulher-mãe?

 
At 06 fevereiro, 2007 21:05, Anonymous Anónimo said...

Apoio, tal qual Frei Bento Domingues, o domínio da vontade plena pelo uso da consciência liberta.

E a consciência não é colectiva...

E essa mesma consciência é o bem maior, supremo, que realmente concretiza a pessoa, para lá do ser humano, da forma de vida e de outros imaginários entes sobrenaturais.

Quando alguma tipificação sócio-ideológica tenta restringir o pleno usofruto da consciência individual sobre a própria pessoa (e numa grávida, como constata o teólogo e filósofo Anselmo Borges, só existe uma pessoa: a mãe...) a interface do indefínivel totalitarismo kafkiano emerge até à concreticidade.

E a concreticidade aqui emergente é óbvia: aqueles que pretendem impôr a TODOS (e não somente a eles próprios!) um «modo de usar» da consciência.

A isso, NUNCA.

Ao referendo do dia 11 SIM.

 
At 06 fevereiro, 2007 22:02, Anonymous Anónimo said...

AMANHÃ, ÀS 21H EM FRENTE DA ASSEMBLEIA, DE LUTO E COM UMA VELA NA MÃO, PROTESTANDO EM SILÊNCIO PELO NÃO! APARECE!!!!

 
At 10 fevereiro, 2007 11:57, Blogger Nuno said...

Cara Miriam,

É com agrado que observo que, cada vez mais, defende o "Sim"!

Como bem referiu, essa jovem teve oportunidade de ver uma ecografia e, posteriormente decidir, uma vez que estava a ser atendida num estabelecimento de saúde legalmente autorizado.

Como é possível defender-se o não depois de se ver a diferença entre o procedimento de um estabelecimento de saúde e os procedimentos que se levam a cabo em barracões, garagens, escadarias e casas particulares por esse país fora?

Confesso que, se tivesse tido oportunidade de ter acesso a esse relato real, tê-lo-ia difundido amplamente, por se tratar da prova efectiva de que o enquadramento na lei de mais situações do que as que já estão actualmente contempladas na lei pode ter o mesmo resultado que teve no exemplo que deu: a tomada de consciência por parte da jovem ou da mulher, e o prosseguimento da gravidez!

 

Enviar um comentário

<< Home