03 janeiro 2007

"Dejá Vu" do Juntos Pela Vida

Este é um comunicado feito pelo movimento Juntos Pela Vida, em Dezembro de 2006, sobre a questão da utilização da Maternidade Alfredo da Costa por parte de associações que defendem a liberalização do aborto.

"1. A Associação Juntos pela Vida pretende associar-se publicamente à manifestação de indignação da APFN face às notícias de utilização abusiva da Maternidade Alfredo da Costa (MAC) por membros dos grupos pro- liberalização do aborto em Portugal.

2. Após o anúncio do referendo pelo Senhor Presidente da República, os defensores de cada uma das possíveis respostas ao referendo podem e devem fazer campanha de informação mas não devem, nem podem fazer actos de campanha, utilizando espaços públicos e omitindo o seu envolvimento na campanha em curso. Infelizmente este comportamento não é novo.

3. Em 1998, a Associação para o Planeamento da Família lançou para o ar a estimativa de 20 mil abortos por ano. Veio-se depois a verificar que o número não tinha qualquer fundamento, mas, não obstante, foi usado durante toda a campanha.

4. Também em 1998, os defensores do aborto publicitaram um estudo científico que, diziam, afirmava a existência de 190 mil abortos/ano em Portugal. Essas notícias foram desmentidas pela própria autora do estudo, a Prof. Maria Teresa Tomé (http://www.juntospelavida.org/carta-pub2.html).

5. Em 2006, a APF, no âmbito da sua condição de líder da rede para a promoção da legalização do aborto em Portugal, entra na campanha da mesma forma juntando-se agora à sua mentora Planned Parenthood na Maternidade Alfredo da Costa para lançar um novo número de abortos ilegais.

6. A Associação Juntos pela Vida pretende, por isso, fazer chegar ao Sr. Ministro da Saúde e à Comissão Nacional de Eleições, um protesto veemente pela utilização abusiva de instituições governamentais para fazer acções de campanha a favor do SIM, tentando explorar o nome da MAC para prestigiar e dar credibilidade a um texto de campanha.


7. A Associação Juntos pela Vida aproveita ainda o facto de a APF ter trazido a Portugal uma pessoa ligada à maior rede comercial privada de clínicas de aborto do mundo, responsável apenas nos EUA por mais de 200 mil abortos por ano, para que ela possa esclarecer os portugueses sobre a verdadeira realidade do aborto nos países onde a prática foi liberalizada:


  • a) Quando os defensores do SIM dizem que a mulher só aborta por razões muito graves, a Dr.ª Upekade Silva deve mostrar-lhes o relatório recente da Planned Parenthood onde se mostra que 40% dos abortos nos EUA são feitos porque a mulher não se sente preparada ou acha que a criança ia alterar a sua vida.

  • b) Quando os defensores do SIM dizem que as 10 semanas permitem resolver o problema das mulheres com gravidezes indesejadas, a Dr.ª Upekade Silva deve informá-los que todos os anos são feitos nos EUA mais de 250 mil abortos depois das 12 semanas; deve também dizer que 70% das mulheres que abortaram depois das 16 semanas o fizeram porque só aos 4 meses perceberam que estavam grávidas.

  • c) Quando os defensores do SIM dizem que o aborto legal é seguro, a Dr.ª Upekade Silva deveria informá-los que nos EUA todos os anos morrem muitas mulheres por aborto legal. A Dr.ª Upekade Silva deveria dizer também que os médicos que fazem abortos não são bem vistos e que, por isso, só vão trabalhar no aborto os mais ineptos e incompetentes dos médicos.

  • d) Quando os defensores do SIM dizem que haverá muitos médicos dispostos a fazer abortos a Dr.ª Upekade Silva deveria informá-los do, assim denominado pela Planned Parenthood, efeito “greying” dos abortadores americanos. Onde estão novos médicos a querer entrar no negócio do aborto? Aparentemente já só restam os abortadores que avançaram em 1973 e que estão agora bem acima dos 70 anos de idade?

  • e) Os abortadores americanos estão a morrer, das 2000 clínicas que havia há poucos anos restam agora 700 e uma das líderes da Planned Parenthood reconheceu publicamente que o aborto livre nos EUA tem os dias contados.
  • f) Deve ainda referir as inúmeras consequências nefastas, quer físicas quer psíquicas, que um aborto provoca na mulher, a curto ou a longo prazo e que têm vindo a ser cada vez mais constatadas nos EUA.

8. Porque não nos fala a Dr.ª Upekade Silva dessa realidade toda que tão bem conhece? Porque deixa os seus representantes em Portugal fazer afirmações que sabe serem totalmente falsas? Será porque a Planned Parenthood quer compensar as perdas nos EUA abrindo clínicas em Portugal?


9. Somos a favor do debate vivo e intenso mas franco e aberto. É por isso que somos pela vida, por todas as vidas! Apelamos aos nossos adversários nesta campanha que não utilizem subterfúgios e que digam sempre toda a verdade, porque as Portuguesas e os Portugueses têm direito a saber!
"


0 Comentários:

Enviar um comentário

<< Home