01 novembro 2006

"Clínica Espanhola Faz Abortos aos 7 Meses"

Encontrámos este artigo de Ricardo Ramos, publicado dia 31 de Outubro, no Correio da Manhã.

"Uma clínica de Barcelona faz abortos ilegais a mulheres com mais de sete meses de gravidez, falsificando testes psicológicos para contornar os bloqueios legais, denunciou uma reportagem de uma estação de TV dinamarquesa.

Acompanhada por um colega, que transportava uma câmara escondida, uma jornalista da cadeia de televisão DR, grávida de 30 semanas, deslocou-se no mês passado à clínica EMECE, de Barcelona, e explicou ao director da clínica, Carlos Morín, que pretendia abortar porque tinha terminado o relacionamento com o pai da criança.

Apesar de a lei espanhola só permitir o aborto nos últimos meses de gravidez em caso de risco físico ou mental da mãe, o médico logo a tranquilizou, afirmando que não haveria qualquer problema. Morín disse ainda que todos os anos a clínica recebe dezenas de clientes – de países como França, Holanda, Reino Unido e até Austrália – com o mesmo problema, e assegura que o procedimento é «completamente legal» e sem riscos. O médico explica depois que o procedimento normal é injectar no coração do feto uma droga chamada «digoxina», que provoca a morte por paragem cardíaca antes de o feto ser removido do útero.


De seguida, pede à jornalista para preencher uma série de questionários sobre a sua saúde física e mental, apesar de esta assegurar que não tem qualquer problema, ao que o médico responde que se trata apenas de uma «questão burocrática».

Numa consulta posterior diz-lhe que estava «tudo tratado» e comunica que o preço da operação ronda os quatro mil euros. A jornalista revela então a sua verdadeira identidade e o médico recua de pronto, afirmando que a operação não tinha sido autorizada."

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