04 janeiro 2007

Apresentação do Movimento "Norte Pela Vida"

Do artigo, de Margarida Gomes, do jornal Público acerca da participação de Dr.ª Matilde Sousa Franco, Dr. António Lobo Xavier e Dr. José Pedro Aguiar-Branco na apresentação do Movimento "Norte Pela Vida", seleccionámos o seguinte:

"Depois de sucessivos apelos à participação na campanha do referendo pelo «não» (...), Matilde Sousa Franco reclamou (...) políticas pró-natalidade para combater «a bomba-relógio demográfica que está prestes a explodir», conforme reconheceu a Comisão Europeia.

A deputada pegou, de resto, nas preocupações da CE para dizer que países como «Portugal, Hungria, Chipre, República Checa, Grécia e Eslovénia devem seguir o exemplo da Alemanha, que adoptou já um conjunto de medidas de apoio à maternidade, que entraram em vigor no dia 1 de Janeiro deste ano». «Só com grande apoio à maternidade se pode começar, de imediato, a desactivar esta poderosíssima bomba-relógio demográfica», ou seja, «só assim será possível combater o impacto do declínio e envelhimento da população».

Alegando que o que «está em causa no referendo do próximo dia 11 de Fevereiro é a liberalização do aborto até às 10 semanas e não a despenalização, porque se uma mulher fizer um aborto às dez semanas e um dia é penalizada e eu não quero mulheres nos tribunais, quero ajudá-las», Matilde Sousa Franco garantiu que «em todos os países onde se liberalizou o aborto este aumentou». E deixou exemplos: «No Reino Unido triplicou, na Austrália ficou dez vezes maior e em Espanha, entre 1993 e 2003, verificou-se um aumento de 75,3 por cento».

Declarando que «não se combate um fenómeno liberalizando-o», a deputada diz que «mais de 80 por cento das mulheres que abortaram afirmam que não o teriam feito se tivessem tido o devido apoio familiar e da sociedade». Depois de elogiar as mulheres portuguesas, a deputada terminou a sua intervenção com uma espécie de slogan:
«Votar 'não' é que é moderno!» A sala explodiu em aplausos.

Lobo Xavier, outro dos rostos do Movimento, foi ouvido num silêncio sepulcral (...). Perante uma sala a transbordar de pessoas, (...) disse que os participantes no Movimento «não são fundamentalistas nem arcaios. São pessoas normais que acreditam em coisas normais e que defendem coisas normais».

O ex-ministro da Justiça, José Pedro Aguiar Branco, pai de cinco filhos, conforme fez questão de revelar, deteve-se em explicar que «o direito à vida é um direito indisponível». E rematou: «Recuso-me a aceitar que recuemos civilizacionalmente, restabelecendo uma variante da pena de morte, de que nos orgulhamos de ter sido dos primeiros [países] a abolir.»"

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